Em uma nota pública encaminha à imprensa na manhã desta segunda-feira (22), o Sindicato dos Médicos de Mato Grosso (Sindimed-MT) exigiu um lockdown imediato em Cuiabá como meio para reduzir o número de novos casos da covid-19 e desafogar o sistema de saúde da Capital.
Neste domingo (21), todas as Policlínicas e Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) chegaram a capacidade máxima de pacientes e tiveram que suspender as internações. De acordo com a própria Prefeitura de Cuiabá, na última sexta-feira (19), 148 pacientes estavam na fila a espera de uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI).
De acordo com o sindicato, as pessoas que hoje necessitam de atendimento médico pegaram covid-19 há cerca de 10 ou 25 dias, o que significa que “essa medida de quarentena ou lockdown já vem com atraso considerável”.
Reestruturação já deveria ter ocorrido
Na nota, o sindicato também criticou a suposta inércia do poder público, uma vez que a reestruturação do sistema de saúde “já deveria ter sido planejada com antecedência, considerando mais de um ano de pandemia e seis meses da primeira curva”.
Para a entidade, faltaram medidas como treinamento de profissionais da saúde, criação de hospitais de campanha e descentralização dos postos de atendimento aos pacientes infectados.
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Em Cuiabá, o prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) articula a criação de um hospital militar com mais 40 leitos de enfermaria. Já em Várzea Grande, a prefeitura abriu novos leitos de UTI, mas não houve contratação de pessoal. Profissionais que deveriam fazer três plantões têm se desdobrado em cinco.
“O Sindicato alerta que, se não forem tomadas essas medidas para conter a propagação do vírus, as pessoas vão morrer sem assistência médica e isso é uma situação extrema que pode, inclusive, sobrecarregar o sistema funerário”, conclui a nota.