Mato Grosso

Sindicalista chama julgamento do TCE de “circo” e Fórum Sindical discute questão da RGA

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Sindicalista chama julgamento do TCE de “circo” e Fórum Sindical discute questão da RGA
(Foto:Ednilson Aguiar/ O Livre)

O Fórum Sindical se reúne na tarde desta terça-feira (27) para avaliar a decisão do Tribunal de Contas do Estado (TCE) da segunda-feira (26) que vetou metade do aumento previsto na Revisão Geral Anual (RGA) dos servidores estaduais. O órgão de controle autorizou apenas uma reposição de 2%, referente à inflação de 2017, e estabeleceu condições para o governo pagar o total previsto na lei aprovada no ano passado – como quitar os repasses atrasados para os Poderes, ter capacidade orçamentária e garantir os repasses constitucionais.

O presidente do Sindicato dos Servidores da Saúde (Sisma) e membro do Fórum Sindical, Oscarlino Alves, tachou o julgamento do TCE de “circo”.

[featured_paragraph]“Vamos nos reunir hoje às 14h para avaliar o circo que foi configurado ontem no TCE com aquelas falas de votos muito confusas. Houve uma intervenção bastante valiosa do conselheiro Luiz Carlos, que viu a injustiça”, disse. “Por que o TCE não interveio antes, no ano passado? Nós estamos assistindo um picadeiro, o servidor está na plateia e têm muitos atores representando”, disparou.[/featured_paragraph]
Ele criticou o valor dos duodécimos repassados pelo governo aos Poderes. “Os Poderes são sócios da receita”, declarou. “Mato Grosso é um dos poucos Estados em que o duodécimo é repassado de forma percentual fixa. É muito dinheiro sem necessidade sendo repassado anualmente para os Poderes, que faz com que sobre dinheiro no caixa. Cada um está defendendo sua fatia no bolo fiscal. Quem tem grande relevância na execução das políticas públicas do Estado é o Poder Executivo, e é o mais massacrado. Nós temos sido a senzala, o chicote tem sobrado só para nós”, afirmou.

O sindicalista disparou também contra a renúncia e os incentivos fiscais. “A receita do Estado cresce, mas a renúncia cresce a uma altura muito maior. Saiu da casa de R$ 1 bilhão no governo Silval Barbosa para quase R$ 4 bilhões no governo Pedro Taques. O setor produtivo pressiona, e há representantes na Assembleia Legislativa que fazem concessões de incentivos mirabolantes. Quem está pagando essa conta é o cidadão comum, são os pequenos empreendedores”, disse.

O Fórum Sindical chegou a ameaçar greve geral dos servidores se não houvesse o pagamento da RGA. Porém, alguns sindicatos acabaram aprovando apenas uma paralisação de um dia, em assembleia geral há cerca de duas semanas.

Os secretários da Casa Civil, Ciro Gonçalves, e de Gestão (Seges), Ruy Castrillon, também se reúnem hoje para definir como farão o pagamento da parcela da RGA autorizada pelo TCE.

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