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Silval supera Riva em número de operações policiais

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Silval supera Riva em número de operações policiais

Ednilson Aguiar/O Livre

Silval Barbosa

Em termos de números de operações dos ministérios públicos Estadual e Federal, o ex-governador Silval da Cunha Barbosa (PMDB) supera o ex-deputado José Geraldo Riva (sem partido). Depois de fechar um acordo de colaboração premiada com a Procuradoria-Geral da República (PGR), contudo, o ex-governador pode acabar por desencadear outras operações, fazendo com que outros políticos “somem” operações a seus currículos.

Silval figura em sete operações como o principal responsável por crimes contra o patrimônio público, enquanto Riva figura em seis.

O Ministério Público Estadual (MPE) busca o compartilhamento de provas e o desmembramento de ações no âmbito da delação que tiverem envolvidos com prerrogativa de foro perante o Tribunal de Justiça de Mato Grosso na esfera criminal. Na esfera cível, o MPE também trabalha para processar por improbidade eventuais casos identificados nos relatos do ex-governador.

Sodoma
Silval tem um rol de processos que o manteve preso por um ano e oito meses, entre setembro de 2015 e maio deste ano, todos conduzidos pelo Ministério Público Estadual (MPE). A maior parte, quatro, dizem respeito a fases da Operação Sodoma. Em suas quatro fases, a operação desbaratou diversos esquemas realizados no governo de Silval, incluindo fraudes em incentivos fiscais, em contratos do governo com empresas, em uma desapropriação e também no fornecimento de combustível à Secretaria de Estado de Infraestrutura.

O ex-governador consta como réu também na primeira fase da Operação Seven, que investiga desvios na desapropriação de uma área na região do Manso, em Chapada dos Guimarães.

Na Ararath, conduzida pelo Ministério Público Federal (MPF), apesar de já figurar como réu anteriormente, Silval havia sido preso apenas em flagrante por porte ilegal de arma durante a deflagração da quinta fase da operação em 2014, quando ele ainda era governador.

A próxima delação
O ex-deputado José Riva começou a atuar da Assembleia Legislativa ainda durante o governo de Dante de Oliveira (falecido) e teve seu ápice nos governos Blairo Maggi (PP) e Silval. Ele atualmente busca também fechar um acordo de colaboração premiada com a PGR. Nos bastidores fala-se em, ao menos, 38 deputados citados com provas em vídeo entregues pelo ex-secretário geral da Assembleia, Luiz Márcio Bastos Pommot.

Ednilson Aguiar/O Livre

José Riva_240217

A primeira grande operação envolvendo políticos também foi a que começou a mostrar desvios na Assembleia, em boa parte comandados por Riva, de acordo com o MPE. A Arca de Noé foi responsável pela prisão e pela condenação do ex-bicheiro João Arcanjo Ribeiro e, mais tarde, também pela condenação de Riva. Ele ainda figura como réu nas operações Metástase, Ventríloquo e Imperador, todas relativas a desvios no legislativo estadual.

Riva também aparece na Ararath, inclusive sendo citador diversas vezes por Silval em sua delação. É preciso lembrar, contudo, que o ex-deputado chegou a responder por mais de 100 processos na Justiça por casos de desvios e improbidade, apesar de parte das ações estar a caminho de prescrever ou não vir de operações, por assim dizer, do Ministério Público.

Ambos ainda são réus no âmbito da Operação Descarrilho, que investiga fraudes e propinas na licitação e no contrato do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) de Cuiabá.

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