Condenado por corrupção e cumprindo pena em casa, o ex-governador Silval Barbosa, disse que a juíza aposentada e pré-candidata ao Senado, Selma Arruda (PSL), responsável por sua prisão preventiva em 2015, usou a imprensa para ganhar visibilidade com as decisões que tomou, pois tinha projeto político em cima da carreira.
Segundo Silval, a juíza aposentada permitia que a imprensa abarrotasse as audiências que promovia na 7ª Vara Criminal de Cuiabá, onde atuava. “O réu quase nem conseguia falar de tanta imprensa que tinha e era porque ela permitia”, disse, antes de prestar depoimento na Controladoria-Geral do Estado (CGE), nesta terça-feira (03).
O ex-governador também criticou a escolta cedida pelo governador Pedro Taques (PSDB) à Selma e sugeriu que o Ministério Público do Estado questione a legalidade do benefício.
“O Blairo Maggi propôs uma lei, que foi aprovada pela Assembleia Legislativa, para que todos os ex-governadores tivessem segurança. Ele entendia que as autoridades que ficam em evidencia se expõem demais, teriam o direito, mas o Ministério Público questionou e o Tribunal de Justiça revogou. Agora o Ministério Público tem que questionar se é legal dar escola para candidato fazer campanha em todo o Estado”, disparou.
Nesta terça, Silval presta depoimento em processo administrativo de responsabilização que tramita contra as empresas Trimec Construções e Terraplenagem Ltda, de propriedade de Wanderley Torres Fachetti, e Strada Construtora e Incorporadora Ltda (SM Construtora), de propriedade de Patrício Alonço dos Reis e Serafim Martins.