Consumo

Sicredi constrói parque solar para gerar a própria energia

18 mil painéis fotovoltaicos para produção energética estão em construção

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Sicredi constrói parque solar para gerar a própria energia

As cooperativas do Sicredi em Mato Grosso estão investindo na construção de um parque solar fotovoltaico com potência para gerar 7,5 megawatts pico (MWp) de energia. A energia irá abastecer, a partir de junho, as 140 agências da instituição em Mato Grosso.

O parque, localizado na cidade de Nova Xavantina (a 660 km de Cuiabá), já está com as obras em andamento e ocupa uma área de mais de nove hectares. O valor do investimento é de R$ 30 milhões.

Por ano, o parque solar terá capacidade para gerar mais de 11 mil megawatts hora de energia, o que é suficiente para abastecer, por exemplo, mais de 2.700 residências com consumo médio de 350 kilowatts/mês por um ano.

Serão mais de 18 mil painéis fotovoltaicos em funcionamento para produção de energia limpa, que reduzirá a emissão de mais de 24 mil toneladas de carbono em 25 anos.

O parque de energia fotovoltaica faz parte de um Conjunto de Ações (Roadmap) de Sustentabilidade da Central Sicredi Centro Norte, e está alinhado aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Organização das Nações Unidas (ONU), às quais o Sicredi se comprometeu a partir da adesão sistêmica ao Pacto Global da ONU.

O diretor de Supervisão da Central Sicredi Centro Norte, Nauder Alves, afirma que por todas essas iniciativas, e em compromisso com a comunidade e com a natureza, é que o Sicredi no Estado vai implantar o parque solar, para compensar o consumo das agências localizadas em Mato Grosso. “Isso mostra que colocamos cada vez mais os objetivos econômicos, sociais e ambientais em equilíbrio, o que contribui para uma atuação sustentável e promove prosperidade para os nossos associados, para a comunidade e para o nosso planeta”.

O presidente da Central Sicredi Centro Norte, João Spenthof, acrescenta que a obra contribui também para a geração de emprego e renda. Também traz benefício econômico, uma vez que reduz os custos com energia, insumo significativo para as empresas como um todo. A previsão é que o Sicredi recupere o investimento feito no parque solar fotovoltaico no período de cinco anos.

A Central Sicredi Centro Norte também já iniciou as negociações e planejamento para a implantação de novos parques solares fotovoltaicos nos estados do Acre e do Pará, para abastecer as agências desses estados. Assim, o Sicredi tem a oportunidade de investir esses recursos em outras áreas, para a melhoria dos sistemas e operação das cooperativas, o que beneficiará associados e a comunidade presente.

“É nosso compromisso buscar medidas para minimizar os nossos impactos, fazer uso consciente dos recursos e converter esse consumo em benefício para as pessoas e para o meio ambiente”, conclui o presidente.

Veículos elétricos

Além de fornecer energia para as agências do Sicredi em Mato Grosso, a instituição financeira cooperativa planeja instalar estações de carregamento para automóveis elétricos em cidades polos que fazem parte do projeto. A intenção é estender o benefício que a geração de energia solar proporciona também aos proprietários de carros elétricos dessas localidades. No próprio parque, os veículos utilizados nas rondas/manutenção serão híbridos, ou seja, também movidos a energia elétrica.

Energia solar no Brasil

A geração energética por fonte solar está em expansão no Brasil, e desde 2017 segue em ritmo acelerado de crescimento. Proveniente de uma fonte renovável e inesgotável de energia, não é poluente e exige pouca manutenção em suas centrais de produção. Levantamento da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar) aponta que o país tem atualmente (dado atualizado em março de 2021) uma potência instalada de 8.010 megawatts, sendo 4.906 MW de geração distribuída e 3.104 MW de geração centralizada.

No ranking estadual de geração distribuída, Mato Grosso aparece em 4º lugar, com 360,9 MW (7,4% de participação), atrás de Minas Gerais (887,4 MW/18,1%), São Paulo (613,6 MW/12,5%) e Rio Grande do Sul (601,8 MW/12,3%). No ranking municipal, Cuiabá (MT) é a 2ª colocada, com 61,5 MW (1,3%), atrás de Brasília (DF) com 64,8 MW (1,3%) e à frente de Uberlândia/MG (53,5 MW) e Rio de Janeiro/RJ (49,6 MW).

(Com Assessoria)

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