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ShowDré reúne Caximir e memórias do poeta em sarau, nesta segunda

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ShowDré reúne Caximir e memórias do poeta em sarau, nesta segunda

Rafael Monteiro

antônio sodré

Antônio Sodré, o poeta da transmutação

No dia 19 de fevereiro completam sete anos de sua partida, mas entre nós ainda habita não só a memória, mas a arte e o legado do poeta cantor que inspira. Não é à toa que nesta mesma data próxima, a Casa Cuiabana se transforma em grande tributo ao artista transversal Antônio Sodré. Segunda-feira (19), às 19 horas, Av. Gen. Valle, 18, com entrada livre e sem custos, a aula de arte mato-grossense é certa.

Multimídia como o homenageado, a homenagem promete fazer jus. Exposição de fotos, desenhos, textos, rascunhos, mural documentário, poesia declamada e canções de sua autoria. Sobre estas últimas, o amigo artista e comunicador Eduardo Ferreira, no baixo e na produção, revela a banda que será formada para o grande show.

Banda Pedregal, nome da quebrada onde Antônio viveu toda a vida que construiu em Cuiabá, contará com “ex-caximirs”, artistas que integraram o saudoso grupo Caximir, da qual o poeta fez parte, marcando a cena underground dos anos 80.

Além de Ferreira, André Balbino maestra a viola, Wenderground comanda os vocais, Rubão dá o tom da bateria e Amauri Lobo toca o violão. Somam à formação antigos parceiros de Sodré, como Fidel Fiori, Adriangelo, Joel Delatorre. Toninho será o “mestre sem cerimônias”, nas palavras de Eduardo. Anna Marimon, Fernanda Marimon e os artistas, ainda performam como bem praticam desde as épocas áureas.

Reprodução/Cidadão Cultura

Caximir

ShowDré reune parceiros do Caximir

Cômica Cósmica, O Outro Lado da Linha, Habib, Still Corporation e Me Sinto Tão Só, são algumas das dez canções que a banda interpreta para embalam a noite e a memória dos presentes na ocasião. Músicas gravadas nos CDs da Caximir, conta Eduardo.

E numa presença transcendental, o poeta não deixa de “produzir” novidades e deixa uma inédita canção. “Uma composição nova com letra do Antônio que fizemos nos ensaios”, revela. Sobre os ensaios como momentos de recordações, Ferreira resume: “Maravilhosos, um clima bem da época, muito emocionante. A arte do Antônio Sodré é eterna, inesquecível. Puro amor e saudade”.

O Sarau nutrido de música, ainda será ambientado pelos famosos caderninhos que Sodré costumava utilizar e contará com apresentação de um minidocumentário sobre a trajetória do poeta, com acervo pessoal e de amigos, depoimentos de artistas e familiares, realizado pela Secretária de Estado de Cultura (SEC).

A iniciativa, a propósito, veio do atual secretário Kleber Lima, cumprindo uma promessa despretensiosa ao amigo antigo. “Ele brincava muito com Antônio dizendo que produziria um dia esse show com tudo do Sodré”, explica Ferreira.

As artistas Mari Gemma e Bia Correia serão as responsáveis pela curadoria das obras apresentadas na exposição, que posteriormente deverá circular por alguns espaços da capital, como o Instituto de Linguagens da UFMT, amplamente frequentado por Sodré.

As escritoras ex-integrantes da Academia de Letras de Mato Grosso (AML), Lucienne Carvalho e Cristina Campos, junto a Aclyse Mattos e Lúcia Palma, dão sequência ao show com recital de poesia que terá palco livre. Fortalecendo a literatura, o Sarau também recebe a biblioteca móvel do incansável Clóvis de Mattos.

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