As altas temperaturas habituais de Mato Grosso deverão ficar de lado nos próximos dias. No último final de semana os termômetros registraram temperaturas abaixo dos 17ºC na região metropolitana de Cuiabá. O friozinho trazido pelo inverno deve esquentar as vendas de calçados e anima comerciantes do setor. Segundo informações do Sindicato do Comércio Varejista de Calçados e Couros (Sincalco/MT), o setor espera um aumento de até 9% nas vendas.
Oficialmente o inverno brasileiro começa no dia 21 de junho, mas esta já é a segunda frente fria que atinge os mato-grossenses este ano. De acordo com o presidente do Sincalco/MT, Junior Macagnam, este é um dos fatores que deixam os lojistas otimistas.
“Segundo as previsões meteorológicas este inverno deve ser um dos mais rigorosos dos últimos anos, e isso faz com que as botas e outros calçados fechados caiam no gosto dos consumidores. Esperamos que com isso, as vendas aumentem até 9% em relação ao ano passado, uma oportunidade também para que os lojistas recuperem o prejuízo causado pela paralisação dos caminhoneiros”, afirma.
É o que também acredita a proprietária da Mr. Cat, Vânia Haddad, “a nossa coleção outono/inverno está sendo bem aceita e a nossa expectativa é de que as vendas aumentem em torno de 5% durante o mês de junho, também por conta do Dia dos Namorados. Infelizmente a greve dos caminhoneiros atrapalhou um pouco às vendas e freou o bom momento do mercado, que estava aquecendo por conta ainda do Dia das Mães”, pontua.
O diretor do grupo Flamboyant, Aluísio Lessa, também se mostra otimista com as expectativas para o mercado de calçados. “Embora o calor seja a marca registrada do nosso Estado, este inverno promete ser mais intenso, estamos na expectativa de um aumento nas vendas em torno de 5% a 10% nos produtos da moda inverno”, aponta Lessa.
De acordo com dados da Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados), o setor de calçados vai apresentar uma expansão de 4,5% a 6,6% no faturamento em 2018 em comparação com o ano passado, podendo chegar a um número entre 912,5 milhões e 940,7 milhões de pares, atingindo um valor entre R$ 22,62 bilhões e R$ 23,08 bilhões.
(Com assessoria)
