A Secretaria de Estado de Saúde (SES) estuda antecipar em 20 dias a aplicação da segunda dose de vacinas contra a covid-19 como medida para aumentar a imunização contra a variante Delta do novo coronavírus.
O esquema da vacinação seria concluído em 70 dias, para as pessoas que receberem na primeira dose a AstraZeneca ou a Pfizer. A CoronaVac tem prazo de até 28 dias entre uma dose e outra.
Segundo o secretário de Saúde, Gilberto Figueiredo, as pesquisas sobre a atuação desses imunizantes no organismo humano indicam que não haveria redução de eficácia. Ainda evitaria a perda de vacina com prazo de validade próximo a expirar.
“Dentro deste prazo [70 dias], não perdemos a eficácia da vacina e podemos agilizar o processo. Temos muitas vacinas com data de vencimento que podem ficar próximos”, afirmou.
A avaliação da SES deverá passar pelo Conselho Intergestores Bipartite (CIB), responsável pela chancela ao Plano Estadual de Imunização (PEI). A aprovação do conselho endossaria a participação dos municípios, que aplicam as vacinas.
Calendário modificado
O intervalo entre as doses já reduzido em cidades de ao menos sete Estados. A modificação do calendário passou a vigorar mesmo sem um sinal positivo do Ministério da Saúde.
Segundo as secretarias de saúde, o prazo menor passou a valer como uma medida para aumentar a proteção contra a variante delta. A cepa foi identificada na Índica em outubro do ano passado.
Dados preliminares apontam que essa variante é mais transmissível, gera maior risco de hospitalização e de reinfecção e provoca sintomas diferentes, com mais dor de cabeça e menos tosse, por exemplo.