Consumo

Serviço de entrega cresce 30% em Cuiabá e vira alternativa financeira na crise

Proibição de circulação de pessoas e aumento do home office fez dobrar o número de entregas por dia e aumentou o número de trabalhadores

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Serviço de entrega cresce 30% em Cuiabá e vira alternativa financeira na crise
Imagem ilustrativa

O serviço de entrega de bares e restaurantes aumentou 30% em Cuiabá e Várzea Grande desde o início da pandemia. E o maior fluxo de pedidos tem refletido na ocupação de mais pessoas. 

O coordenador de um grupo de entregadores do i-Food na Capital, João Paulo, diz que hoje cerca de 300 pessoas estão na rua atendendo de restaurantes a supermercados. Um bom número deles é novo ramo. 

“A gente percebe isso por duas coisas: tem mais entregadores na rua e muitos deles estão pedindo informação de onde ficam os bairros, as lojas. São pessoas que ainda estão pegando o jeito para trabalhar. Ou seja, são novos no serviço”, disse. 

Home office

A presidente da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel) em Cuiabá, Lorenna Bezerra, estima que o aumento nas encomendas de delivery representa parte dos clientes que deixaram de ir às lojas por causa da restrição de circulação, e porque mais gente está trabalhando em home office. 

“Sabemos que alguns clientes que não estão indo fazer a refeição no local agora estão fazendo o pedido. Também há um pessoal que está trabalhando em home office e, seja por querer evitar o cansaço de cozinhar depois do horário do tralho, seja porque quer comer algo diferente, está fazendo os pedidos”, comenta. 

A empresária afirmou que os estabelecimentos estão investindo no setor para atender as demandas para além do tempo da pandemia. A avaliação é que as pessoas vão levar algum tempo para sair com confiança de casa. 

Segundo a Abrasel, esse tipo de serviço representa cerca de 20% do faturamento das empresas. 

Socorro na pandemia 

O entregador João Paulo afirma que o delivery tem sido o escape para pessoas que perderam o emprego na pandemia. E o serviço tem gerado renda relevante por causa do aumento na demanda. 

“Se a pessoa for um bom trabalhador, ela pode fazer um bom ganho no fim do mês, até mesmo superior de quem trabalha com carteira assinada. No grupo que coordeno, cada entregador passou de quatro para até oito entregas por dia”, disse. 

Esse volume, diz João Paulo, tem gerado renda até R$ 6 mil por mês. Mas, para isso, a jornada diária de trabalho é puxada. Eles trabalham, geralmente, das 11h da manhã à meia-noite. 

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