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Sem dinheiro em caixa, Taques aposta em empréstimos para investir em infraestrutura

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Sem dinheiro em caixa, Taques aposta em empréstimos para investir em infraestrutura

Meneguini/Gcom-MT

Pedro Taques

Pedro Taques diz que novas obras serão possíveis com empréstimos

Sem recursos próprios para investir, o governador Pedro Taques (PSDB) aposta nos empréstimos para melhorar a infraestrutura levando asfalto, duplicação e recapeamento às estradas de Mato Grosso. Na última quarta-feira (25), ele recebeu uma oferta de R$ 500 milhões em empréstimo do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), e espera captar mais quatro financiamentos do mesmo valor, num total de R$ 2 bilhões.

Além disso, o governo de Mato Grosso tenta, desde 2012, emprestar R$ 720 milhões junto ao Banco do Brasil para construção de pontes de concreto e recuperação de rodovias. O banco ofertou o financiamento para Mato Grosso ainda no governo Silval Barbosa (PMDB), porém, nem o ex-governador nem o atual conseguiram acessar os recursos.

O empecilho para essas operações de crédito é a Secretaria do Tesouro Nacional (STN), que está barrando novos empréstimos para os Estados. A União promete autorizar que os Estados contraiam novas dívidas somente depois de aprovarem medidas de contenção de despesas. Elas não precisam seguir o texto da PEC do Teto de Gastos, mas terão que ser suficientes para convencer o Governo Federal que estão tomando medidas austeras.

A expectativa do secretário de Infraestrutura e Logística (Sinfra), Marcelo Duarte, é que a aprovação do empréstimo de R$ 500 milhões do BID saia até abril, para a pasta iniciar as obras estruturantes, aeroportos, duplicações e rodoanéis.

O BID doou, ainda, US$ 1 milhão para Mato Grosso realizar estudos em logística, modelagem de projeto e plano diretor de transporte, dentro de um modelo de operação com Parceria Público-Privada (PPP), informou a diretora-presidente da MT Participações e Projetos (MT Par), Maria Stella. As PPPs são outra aposta do governo Taques para investir sem desembolsar recursos, e fazer um parcelamento de longo prazo do pagamento.

No final do ano, Taques afirmou que, em 2016, a capacidade de investimento do Estado foi de cerca de 0,5% da receita. Segundo ele, de cada R$ 100,00 que entraram no caixa do estado, cerca de R$ 99,52 já estavam comprometidos, e sobraram apenas R$ 0,48 para investir em novas obras. Em 2015, essa proporção era de cerca de R$ 3,00 para investimento a cada R$ 100,00 que entraram. 

Atualmente, o maior programa de investimento tocado pelo governo estadual, o Pró Estradas, é fruto de um empréstimo de R$ 1,410 bilhão, contraído ainda no governo passado. Silval batizou o programa de MT Integrado, e prometia ligar todos os muncípios mato-grossenses com asfalto. Porém, em seu mandato, ele inaugurou apenas pequenos trechos de estrada, algumas inacabadas, que não chegavam a interligar dois municípios. O financiamento foi feito via Banco do Brasil, usando recursos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). 

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