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Sem aulas há um ano, transporte escolar quer virar coletivo para garantir sobrevivência

Proposta é que os donos de vans possam rodar nos horários de pico ou, pelo menos, aos finais de semana enquanto durar a pandemia

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Sem aulas há um ano, transporte escolar quer virar coletivo para garantir sobrevivência
(Foto: Ednilson Aguiar/O Livre)

Há um ano, as aulas presenciais foram suspensas nas escolas de Mato Grosso. A situação impactou dois setores: o das escolas particulares e o das vans que transportam os alunos. Para este último, o cenário atual – com o sistema de aulas híbridas – não é muito diferente do vivido em 2020.

“Quase nãos e vê vans rodando na cidade. Estamos praticamente na mesma situação de 2020. O retorno no modo híbrido – dia sim, dia não – não melhorou muito para nossa categoria”, explica Jussania Santos, presidente da Associação dos Permissionários do Transporte Escolar (Aspetre).

Segundo ela, com o rodízio de alunos nas escolas, os pais e transportadores divergem do preço a ser cobrado pelo serviço.

O valor é definido, de acordo com a demanda de alunos em determinada escola. Quanto maior o número de passageiros a serem transportados para um mesmo local, menor o valor da mensalidade.

“Antes eram seis alunos na Escola Tal. Agora é um, no máximo, dois. A manutenção de uma van é muito cara, não podemos ficar no prejuízo”, explica Jussania.

Em 2019, a mensalidade girava em torno de R$ 300. Hoje, o preço cobrado é de, pelo menos, de R$ 450.

“E está barato, se você for levar em consideração o valor do combustível. Os pais acham que por ser alternado, tem que ser menor. Eles pagam a escola integral, com a van não é diferente”, argumenta.

(Foto: Ednilson Aguiar/O Livre)

É preciso se reinventar

Para garantir renda, a categoria diz que está precisando se reinventar. É o caso de colegas de Jussania que adaptaram os carros para fazer a entrega de produtos.

O setor também já pediu autorização à Prefeitura de Cuiabá para dividir os passageiros do transporte coletivo com as empresas que já prestam o serviço.

“No ano passado, tivemos uma reunião com prefeito pedindo isso. Fizemos todas as formalidades, protocolamos ofício. A ideia era que, se não pudesse nos dias de semana, nos colocassem para rodar aos sábados e domingos”, lembra Jussania.

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Segundo ela, porém, a ideia esbarra “nos patrões do transporte coletivo”.

A proposta também é tema de um projeto que tramita na Câmara. De autoria do vereador Sargento Joelson (Solidariedade), o texto propõe que as vans circulem no horário de pico, enquanto durar o estado de calamidade publicado por causado pela covid-19.

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