A juíza aposentada e candidata ao Senado pelo PSL de Mato Grosso, Selma Arruda, defende que a população tenha o direito a portar arma e assim se defender da criminalidade, que nem sempre é combatida pelo Estado.
A postulante, que tem direito a andar armada por ser da magistratura, já passou por situações de ameaça e revelou, nesta sexta-feira (17), em entrevista à Rádio Difusora, que quando morou em Cáceres dormia com uma pistola engatilhada debaixo do travesseiro.
“Dormia armada com o intuito de me defender. Se alguém entrasse na minha casa ia levar um tiro e com certeza ia se espantar”, disse a candidata. Selma ainda ressalta que a população deve ter o mesmo direito que o dela. “O bandido hoje entra com tranquilidade na sua casa por saber que ninguém está armado. Não é justo uma família não ter uma arma para se defender de ataques e sequestros”.
Com o discurso similar ao seu correligionário e candidato à Presidência da República Jair Bolsonaro, de que os cidadãos de bem devem andar armados, a postulante ao cargo de senadora destaca que um dos critérios para a liberação seria o interessado não possuir antecedente criminal.
Selma Arruda ainda enfatiza que pessoas mal-intencionadas não precisam de uma lei para adquirir uma arma. “O bandido vai em qualquer esquina ou qualquer pracinha e compra uma arma por R$ 100 ou R$ 150 e faz o estrago dele”, argumentou.
Apesar de ter o porte de arma, Selma tentou, sem sucesso, continuar com auxílio de policiais para fazer sua escolta pessoal mesmo estando aposentada. Com as negativas do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, a então pré-candidata chegou a conseguir escolta pelo Governo do Estado, que em seguida foi suspensa.
