A senadora eleita por Mato Grosso, Selma Arruda (PSL), denunciou na Polícia Civil um homem que estaria usando seu nome para vender terras no município de Poxoréo (260 km de Cuiabá). O anúncio era de que, por R$ 495, a pessoa poderia se cadastrar para futura distribuição de áreas. O esquema seria garantido porque ele teria “contato com políticos” e outras pessoas influentes.
Conforme o boletim de ocorrência registrado no dia 8 de novembro, e obtido pelo LIVRE nesta terça-feira (18), a senadora tomou conhecimento sobre o esquema depois que um ex-paciente do irmão dela, que foi médico em Poxoréo, contou sobre o que estava acontecendo.
A testemunha disse que o presidente da Associação dos Pequenos Produtores Grupo Forte, Walter Blaiker Falon, fez uma proposta a esse paciente e entregou um cartão de visitas.
Quando Selma tomou conhecimento, pediu que um de seus assessores jurídicos checasse a informação. Foi quando o próprio Walter confirmou o esquema.
Por telefone, ele teria dito que faria uma reunião no Centro Comunitário de Poxoréo no dia 24 de novembro, para que pessoas interessadas pudessem entregar documentos e se cadastrar para uma futura distribuição de terras.
Ao todo, o “projeto” teria custo de R$ 495, além de parcelas mensais de R$ 20 para a Associação.
Ainda, o homem teria dito que tinha contato com políticos, funcionários do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), “gente por fora” e teria citado o nome de Selma Arruda. Diante do caso, uma assessora de Selma foi registrar o boletim de ocorrências.
O LIVRE entrou em contato com os dois números celulares informados no BO, que seriam do acusado Walter. No entanto, os dois telefones dão como “inexistentes”.
(Atualizada às 9h22)