A juíza aposentada e candidata ao Senado Selma Arruda (PSL) terá 24 horas para apresentar à Justiça Eleitoral uma alternativa de nome a ser utilizado nas urnas eletrônicas caso o Tribunal Regional Eleitoral (TRE) atenda o pedido da Procuradoria Regional Eleitoral para retirar o termo “juíza” das urnas.
A procuradora regional eleitoral Cristina Nascimento de Melo alega que Selma Arruda pleiteia a utilização do termo juíza para “induzir” a associação da imagem dela a uma instituição de respeito e a um cargo da qual não ocupa mais.
“Nessa linha, autorizar tal nome de urna seria não fidedigno com a realidade e incoerente vez que implicaria na utilização da imagem da respeitada magistratura brasileira de forma personalizada e em benefício próprio de quem não é mais juiz”.
A procuradora ainda destaca que a utilização do termo poderia gerar esperança equivocada por parte do leitorado. “O que geraria, entre outros malefícios, falsa expectativa de que, se eleito, a candidata poderá ter acesso mais fácil à estrutura do governo e ajudar os cidadãos”.
O jingle de campanha da candidata, como ressalta a procuradora, a todo momento exalta a sua antiga função, convidando os eleitores a “dar a sentença” e exalta que esta “com pulso forte pôs bandido no xadrez”.
Na decisão, o juiz do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) Ulisses Rabaneda alerta que, em eventual silêncio da postulante, será utilizado nas urnas o nome “Selma Arruda”.
O plenário do TRE julgará a questão na segunda-feira (24), para definir se ela terá ou não que trocar o nome na urna.
(Atualizada às 12h)