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Selma Arruda é investigada pelo Ministério Público Eleitoral por receber escolta de empresa

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Selma Arruda é investigada pelo Ministério Público Eleitoral por receber escolta de empresa
(Foto:Ednilson Aguiar/ O Livre)

A juíza aposentada e pré-candidata a senadora Selma Arruda (PSL) se tornou alvo de investigação do Ministério Público Eleitoral após anunciar ter recebido gratuitamente escolta privada de uma empresa de segurança. O procedimento preparatório eleitoral, instaurado pela procuradora regional eleitoral, Cristina Nascimento de Melo, apura suposto recebimento de doação de “recursos estimáveis de fonte vedada”.

Conforme a procuradora, a investigação se faz necessária uma vez que, em tese, a pré-candidata pode ter violado o artigo de Resolução Tribunal Superior Eleitoral que dispõe sobre a vedação a partido político e a candidato em receber, direta ou indiretamente, doação em dinheiro ou estimável em dinheiro, inclusive por meio de publicidade de qualquer espécie, procedente de pessoas jurídicas.

O procedimento foi instaurada em 19 de junho, um dia após a divulgação na mídia, e publicado no Diário Eletrônico do Ministério Público Eleitoral no último dia 26.

A escolta de Selma

Por decisão da Comissão de Segurança do Tribunal de Justiça de 12 de junho, Selma Arruda perdeu o direito a escolta fornecida pelo Poder Judiciário a magistrados que enfrentam ameaças contra a vida. No dia seguinte, o governador Pedro Taques baixou um decreto alterando as funções da Casa Militar para que pudesse definir quem a pasta tem obrigação de proteger e determinou que fosse fornecida segurança à juíza aposentada.

Já em 18 de junho, o juiz da Vara Especializada de Fazenda Pública de Sinop, Mirko Vincenzo Giannotte, acatou pedido de liminar em ação popular proposta pelo vereador Geraldo Antonio dos Santos (MDB) e suspendeu novamente a escola da pré-candidata sob o argumento de que a medida de Taques era “um aparente e presumido aliciamento da requerida”, uma vez que o governador estaria tentando trazê-la para sua aliança política. No mesmo dia, a empresa de segurança forneceu a escolta a magistrada aposentada.

A pré-candidata se aposentou em março, mas continuou usufruindo do benefício que utilizava desde 2015. Selma solicitou a segurança fornecida pelo Poder Judiciário quando passou a atuar na 7ª Vara Criminal de Cuiabá, onde foi responsável pela prisão de políticos como o ex-governador Silval Barbosa e o ex-presidente da Assembleia Legislativa, José Riva, além de centenas de membros de organizações criminosas.

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