Esse pedido se deu em uma conversa com um amigo. Eu estava contando a ele um problema, mas, em dado momento, me faltou clareza para nomear os fatos. Foi quando ele me disse: “Seja claro, Marco! ”.

Na hora eu não fiquei com raiva nem nada do tipo, até porque sei em quem ele se inspirou para me pedir isso; no psicólogo canadense Jordan Peterson. Ele sempre pede isso de maneira geral, mas especialmente no capítulo 8 do seu livro “12 Regras Para a Vida”, o psicólogo se debruça sobre essa questão da clareza e da assertividade na comunicação.

Mas por que é importante ser claro?

Imagine comigo a seguinte conversa: uma pessoa quer algo da outra, sabe o que é, mas não sabe o nome. Quem recebe o pedido sabe que estão lhe pedindo algo, mas não sabe o quê. Qual é a chance de dar certo?

Imagine ir a um médico e não conseguir descrever os seus sintomas. Bem, é isso que acontece com as crianças. Por isso, os médicos têm protocolos e meios de buscar diagnósticos, mesmo na falta de elementos tão importantes.

Esses dois exemplos são ótimos para se perceber o poder da comunicação e a importância da clareza.

E, nesse sentido, você com certeza já ouviu alguma generalização do tipo: “Todos os homens são iguais” ou “Todas as mulheres são assim”. Em muitos casos, pode ser que essa frase caiba. Em tantos outros, não. Por isso, utilizar discriminadamente a generalização vai contra o princípio dessa clareza mencionada.

Certa vez eu ouvi em sala de aula que “conhecimento é diferenciação”. Bingo!

Saber diferenciar e dar nome a sentimentos e situações é, muitas vezes, colocar uma fresta de luz em um quarto escuro. É colocar um pingo de ordem no caos. Saber diferenciar que uma bola de tênis não é um limão siciliano, embora tenha formato e cor parecidos, é o que nos impede de ter grandes confusões.

Então, voltando à conversa com meu amigo, pedir-me clareza nas palavras foi a melhor coisa que ele poderia ter feito. Eu pude pensar melhor, definir e delimitar o problema que eu estava contando.

Seja claro!

 

 

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