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Segundo dia de bloqueio tem filas e reclamações

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Segundo dia de bloqueio tem filas e reclamações

No segundo dia de bloqueio da BR-163 próximo ao município de Novo Progresso (PA) já é possível ver a longa fila de carretas. Segundo os organizadores do movimento “MP-756 JÁ”, a fila chega a 25 quilômetros sentido Mato Grosso. E outros 30 quilômetros sentido Miritituba (PA). Apenas carros pequenos, ônibus e ambulâncias estão sendo liberados.

Na tarde de ontem, o motorista de uma carreta com placa de Itupeva (SP) tentou furar o bloqueio, mas foi barrado por manisfestantes. O caminhoneiro, que não quis se identificar, disse apenas que retornava do porto de Miritituba com a carreta já vazia.

Com o tumulto, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) foi chamada. Segundo manifestantes, a rodovia será desbloqueada parcialmente entre as 13h e 14h30, desta terça-feira. A liberação total, segundo Ricardo Denadai, um dos organizadores do protesto, só vai ocorrer caso tenham avanços em relação a MP 756. A audiência pública que trata do caso está prevista para começar às 14h30, em Brasília (DF).

Entenda
A MP 756/2016 assinada em dezembro de 2016 pelo presidente Michel Temer (PMDB) ampliou os limites do Parque Nacional do Rio Novo e transformou 230 mil hectares de lavouras e pastos em Área de Proteção Ambiental (APA). A alteração foi necessária para dar passagem a Ferrogão, grande corredor ferroviário para o escoamento da produção de grãos mato-grossense.

A medida desagradou produtores e garimpeiros da região, pois pode atingir significativamente a economia de Novo Progresso. “Alguns não poderão produzir mais e, no caso dos garimpeiros, as estradas que dão acesso as minas ficaram dentro da área de proteção, inviabilizando o acesso”, explicou produtor Julio Cesar Dal Magro.

O vice-prefeito de  Novo Progresso Gelson DilL (PMDB),  que está na Capital Federal, explicou ao LIVRE que se for levado em conta às reservas Legais e APAs sobrarão apenas 3,9% das terras do município para produçao agrícola e pecuária. “A nossa principal reinvindicação são os 230 mil hectares de terras produtivas do município que vão se tornar área de proteção”. 

*Colaborou repórter Denis Macedo, Rádio Cultura FM. 

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