O pouso forçado com a equipe da candidata ao Senado coronel Fernanda a bordo, no início da tarde desta quinta-feira (15), não foi o primeiro acidente do avião bimotor prefixo PT-WIP.
Há cerca de 20 anos, no Carnaval do ano 2000, a mesma aeronave passou por problema semelhante, em Pindamonhangaba, no interior paulista. Na época, uma situação após o pouso forçado colocou o PT-WIP na mira da CPI do Narcotráfico.
As suspeitas eram de que a aeronave seria usada para transportar dinheiro fruto do tráfico.
É que a empresa que – supostamente – contratou o serviço de táxi aéreo, apressou-se em retirar do local do acidente os passageiros e suas bagagens.
Informações não confirmadas até hoje dão conta de que, nas malas, eram transportados cerca de R$ 600 mil em espécie.
No relatório da CPI que tramitou na Câmara dos Deputados, há apenas uma menção ao PT-WIP. Trata-se apenas de suspeitas.
O avião, na época, seria propriedade de Ari Natalino da Silva, que se apresentava como procurador da empresa Petroforte – que teria contratado o serviço de táxi aéreo – quando, na realidade, era o verdadeiro dono.
A versão dada pela empresa para contratar um voo do PT-WIP para transportar dinheiro foi de que os valores correspondiam ao lucro de postos de combustível localizados no litoral paulista e que a opção levou em conta o perigo do feriado de Carnaval.
Hoje, segundo a assessoria da coronel Fernanda, o PT-WIP pertence à empresa Aéreo Center Brasil Táxi Aéreo e foi locado – e pago – com dinheiro arrecadado para a campanha.
A assessoria também informou que o avião havia passado por uma revisão mecânica no mês passado e que o piloto – Luís Fernando Freitas Cortês – tem mais de 1,3 mil horas de voo, ou seja, é experiente.