Mato Grosso

Secretário diz que Governo do Estado tem “ilhas de super salários”

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Secretário diz que Governo do Estado tem “ilhas de super salários”
Foto: Marcos Lopes

Citando “ilhas de super salários”, o secretário-chefe da Casa Civil de Mato Grosso, Mauro Carvalho, afirmou que o Governo do Estado deve encaminhar, já nos próximos meses, novos projetos à Assembleia Legislativa ainda com o objetivo de reequilibrar as contas públicas.

A mensagem do Executivo aos novos deputados estaduais não antecipou de forma explícita que assuntos serão abordados nessas propostas de lei. No discurso, Carvalho pontou apenas que a intenção é estabilizar a arrecadação e as despesas.

Ao falar dos “super salários”, o secretário citou um “descompasso” com a realidade de milhares de mato-grossenses e defendeu que um profissional que, na iniciativa privada, receberia R$ 3 mil “não pode ganhar R$ 18 mil no Estado”.

O tom duro do discurso foi amenizado quando Carvalho ressaltou que controlar a crise fará com que o Estado possa, entre outras coisas, pagar os próprios servidores públicos em dia. E destacou que atrasos não são uma exclusividade de quem trabalha no governo.

“Existe dezenas de pais e mães de família que também estão com seus salários atrasados por falta de pagamento do Estado”, afirmou, se referindo às empresas fornecedoras do governo e que têm valores inscritos nos restos a pagar, atualmente fixados em R$ 3,9 bilhões.

“Precisaremos do apoio dos senhores deputados e da senhora deputada para continuarmos nessa trajetória pelo bem de Mato Grosso e nunca esquecendo que nele vivem 3,4 milhões de mato-grossenses e é para todos que devemos governar e legislar”, pontou.

A folha salarial é apontada como um dos causadores do desequilíbrio financeiro do governo desde o início da gestão Pedro Taques (PSDB). Na época, o ex-governador dizia que leis de carreira que concederam reajustes a determinadas categorias de servidores públicos foram aprovadas, na gestão de seu antecessor, Silval Barbosa, sem que se observasse o impacto que causariam nos cofres públicos. Tais leis, no entanto, não chegaram a ser revistas.

Pedalada

Mauro Carvalho ainda voltou a falar em um Estado “quebrado”, contudo, ressaltando “que o problema não é de Mato Grosso, mas da máquina pública”. Nesse contexto, disse que o Executivo não pode “espalhar o caos aos municípios” e que, por conta disso, “não haverá pedalada fiscal nas contas do governo”.

“O que é de direito dos municípios será repassado a eles”, completou, destacando que o mesmo tratamento será dado aos duodécimos dos Poderes Judiciário e Legislativo e de instituições com o Ministério Público e a Defensoria.

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