A Secretaria de Estado de Saúde (SES) prevê que Mato Grosso atingirá a lotação dos leitos exclusivos para pacientes da covid-19 até o fim deste mês. O secretário estadual Gilberto Figueiredo afirmou nesta quinta-feira (14) que não há tempo suficiente para expandir a rede e nem condições técnicas.
“O comportamento das pessoas está determinando o cenário que vivemos hoje. Posso assegurar a todos que viveremos uma situação dramática nos próximos dias, porque não há possibilidade técnica para ampliar os leitos de UTI com velocidade hábil”, disse.
A rede de leitos pactuados do Sistema Único de Saúde (SUS) entrou em alerta na semana passada. O boletim epidemiológico do dia 5 informava que apenas cinco dos 21 hospitais da rede estavam com taxa de ocupação abaixo de 30%, percentual considerado de risco baixo.
Sete estavam com ocupação entre 30% e 60% (risco médio) e nove estavam com mais de 60% (risco alto).
O boletim dessa quarta-feira (13) já informa que apenas dois hospitais estão fora do risco de colapso. O Hospital e Maternidade Santa Rita, em Várzea Grande, ultrapassou a capacidade e atingiu a lotação de 110%. Três estavam sem vaga e sete estavam com taxa entre 70% e 90%.
Ainda conforme o boletim, dos 743 leitos de UTI no Estado, 412 (56,8%) estão ocupados, e na enfermaria a taxa está na casa de 22%. Desde o dia 1º, Mato Grosso registrou 13.454 novos casos da covid-19, passando de 180.659 para 194.113, média de mil casos por dia.
“Vão faltar leitos para a população nessa tendência de crescimento. Então, o recado que dou a população é que: tem que assumir o risco de estar nas aglomerações”, disse o secretário.