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Secretário de VG reconhece asfalto mal feito e culpa empresa

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Secretário de VG reconhece asfalto mal feito e culpa empresa
Foto: Assessoria

Secretário de Viação e Obras de Várzea Grande (Região Metropolitana de Cuiabá), Luiz Celso prestou esclarecimentos na Câmara Municipal sobre as obras de asfalto no bairro Mapim. A sessão foi realizada na quarta-feira (8) e o gestor admitiu que a empresa contratada para o serviço não tinha capacidade técnica para a execução, além de concordar com os parlamentares: o asfalto feito não é de qualidade.

“O processo licitatório hoje é democrático. A empresa que ganhou não é inidônea, mas hoje sabemos que ela não tinha qualidade técnica de realizar uma obra como esta”, confessou o secretário.

A empresa da qual o secretário fez menção é a S.A Lima Construções Ltda, vencedora da tomada de preço n° 02/2018. Segundo o gestor, a empresa apresentou uma proposta bem abaixo do valor previsto pela prefeitura para a obra. O preço-base era R$ 930 mil e a empresa vencedora ganhou por R$ 825 mil.

“Quando fomos ver a obra, notamos problemas como a falta das ligações de rede de esgoto, que teve que ser refeita. Colocamos um aditivo de R$ 171 mil, fazendo com que esta obra passasse para R$ 1 milhão. Está faltando pagar R$ 112 mil, que estão bloqueados. Fiz quatro notificações para a firma e não iremos receber esta obra até que tenha qualidade. Se precisar colocar uma nova camada de massa asfáltica, vamos colocar. Esta empresa não vai mais participar de licitações neste município”, pontuou Celso.

O vereador Cleyton Nassarden Guerra, o Sardinha (PTB), questionou o secretário sobre a responsabilidade do fiscal de contrato na ocasião. O gestor defendeu o servidor dizendo que não houve erro por parte dele. “Eu confio neste fiscal e ele tem qualidades técnicas. As obras também foram prejudicadas pelo tempo, como a chuva de hoje, cerca de 80mm em Várzea Grande”, respondeu Luiz Celso.

O secretário pediu aos parlamentares um prazo de 90 dias para solucionar os problemas, lembrando do bloqueio de recursos, que pode ser usado para este fim. Segundo Luis Celso, tirar a empresa e colocar outra seria uma “brincadeira com dinheiro do contribuinte”.

Em relação ao seguro que as empresas licitadas costumam apresentar ao ganhar o processo licitatório, o secretário de Obras informou que apenas neste caso não havia sido solicitado, por se tratar de uma obra de pequeno valor.

A situação foi denunciada pelo vereador Ivan dos Santos (PRB), após conferir in loco a situação do asfalto. “Tem presidente de bairro que fica em cima de um trator o tempo todo, especialmente, quando a obra é bonita. Mas quando o filho é manco e caolho, como o asfalto no Mapim, ninguém quer”, pontuou o parlamentar.

Ivan ainda orientou os moradores a protocolar uma denúncia junto ao Ministério Público Estadual (MPE). “Eu orientei aos denunciantes para entregar toda documentação levantada para a Comissão de Obras da Câmara Municipal, pois esta Casa de Leis tem a capacidade técnica para investigar e saber se tinha alguma irregularidade”, finalizou.

Presente de grego

Foto: Secom/VG

Há uma semana do aniversário da cidade, o que deveria ser um ganho para o município tornou-se um possível “presente de grego”. Nesta semana a prefeita do município, Lucimar Campos (DEM), anunciou investimentos na ordem de R$ 500 milhões em pavimentação, com aproximadamente 75 km de asfalto construído até o final do ano.

*Com assessoria

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