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“Se Mauro meter a mão no bolso do servidor, terá resistência na Assembleia”, diz João Batista

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“Se Mauro meter a mão no bolso do servidor, terá resistência na Assembleia”, diz João Batista
(Foto: Suellen Pessetto/ O Livre)

O sindicalista João Batista (Pros), eleito deputado estadual com apoio do Fórum Sindical, promete se opor a pautas que afetem o bolso dos servidores públicos. Uma das bandeiras do grupo é a manutenção da Revisão Geral Anual (RGA), que repõe anualmente a inflação do ano anterior no salário dos servidores estaduais.

Em meio à crise financeira do governo e às alegações da Secretaria de Fazenda (Sefaz) de que o Estado não tem dinheiro para pagar o reajuste de 2% previsto para a folha de outubro, os servidores ameaçam nova greve geral – inclusive com a possibilidade de entrar no novo ano e no governo de Mauro Mendes (DEM) em greve.

“Não acredito em milagres econômicos, acredito em uma boa gestão. Se o Mauro fizer o que propôs na campanha, com certeza ele vai conseguir sanar esse problema [financeiro do governo], principalmente com relação ao servidor público”, disse João Batista, que é presidente do Sindicato dos Servidores Penitenciários (Sindspen).

“Agora se a alternativa que ele vem trazendo for meter a mão no bolso do servidor público, com certeza ele não vai encontrar apenas a resistência do João Batista, porque dentro da Assembleia já detectamos que tem muitos outros parlamentares que são simpáticos à manutenção do direito do trabalhador. Então ele vai ter resistência lá dentro”, prometeu.

Oposição a Mauro

Eleito na coligação que apoiou a candidatura derrotada de Wellington Fagundes (PR) a governador, o sindicalista disse que ainda não sabe se será oposição ou integrará a base do próximo governo. “Nosso partido esteve na fileira contrária e em tese seríamos oposição. No entanto, não queremos fazer oposição sistemática, fazer oposição por oposição. Queremos fazer oposição às medidas que são contrárias ao interesse da sociedade. Então hoje eu não posso lhe dizer se vamos ser oposição ou situação. Vai depender do que vou sentir sobre qual é a vontade do governador, quando eu chegar na Assembleia”, disse.

No entanto, ele disse que já espera medidas duras vindas de Mendes. “Sabemos que, a partir do ano que vem, o embate vai ser grande com o novo governo. Já sabemos que as medidas serão tão duras ou talvez até piores do que o atual governo tomou durante quatro anos”, disse. “Essa questão do RGA pode ser algo que ele queira discutir. E não aceitamos. Já pensou se o governo federal chega aqui e congela o aumento do salário mínimo? A inflação continua, mas o salário está lá embaixo. A RGA não é ganho real, é apenas recomposição da inflação”, completou.

Ele citou como a taxação do agronegócio e o combate à sonegação como opções para aumentar a receita do Estado. “Existe, sim, possibilidade de o agro contribuir um pouco mais. Eu tenho certeza que, se o Mauro sentar com o segmento, e apresentar alternativas [ele consegue taxar]. O que faltou ao atual governo foi essa habilidade política, ter menos antipatia, menos arrogância e mais cortesia. Em determinados momentos, a decisão tem que ser dura. O que faltou foi trato político ao governo”, disse.

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