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Saúde e educação empurram Cuiabá para baixo na lista das melhores cidades para se viver

Ranking que avalia o desafio de gestão municipal aponta que educação e saúde são áreas ainda com dificuldades graves

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Saúde e educação empurram Cuiabá para baixo na lista das melhores cidades para se viver
Ednilson Aguiar / O Livre

Cuiabá está longe de ser uma das cidades brasileiras com melhor qualidade de vida. Um ranking divulgado nessa terça-feira (9) – o Índice Desafios de Gestão Municipal (IDGM) 2021 – mostra que os serviços básicos prestados no município têm problemas graves de cobertura e desenvolvimento humano. 

Na lista das melhores cidades brasileiras para se viver em 2019, Cuiabá ficou na 56ª posição. Uma evolução média no período de uma década. Em 2009, aparecia na 65ª colocação. 

A média do IDGM atribuída a Cuiabá pelo conjunto de serviços públicos foi de 0,504. As piores notas foram em educação e saúde.

Maringá, no interior do Paraná, aparece em primeiro lugar e teve média de 0,756. 

O ranking criado pela consultora Macroplan pondera a realização e o atendimento de serviços em saneamento, educação, segurança e saúde, com base em dados oficiais do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) e o Índice de Desenvolvimento de Educação Básica (Ideb). 

O desempenho atual de Cuiabá está abaixo das 100 primeiras colocas nessas duas áreas.  

Educação e saneamento 

Na educação, Cuiabá recebeu nota 0,554 no IDGM. A média foi ponderada pelo desempenho no Ideb, que em 2019 avaliou com 5,6 pontos o ensino infantil na rede pública. A nota é menor que a média dos 100 maiores municípios do país analisados.  

(Foto: Ednilson Aguiar/ O Livre)

Cuiabá alcançou apenas a 61ª melhor posição e com piora da avaliação. Em 2009, ocupava o 59º lugar no ranking. 

A distribuição da rede de saneamento teve resultado desempenho mais satisfatório. A pesquisa estima que 96,5% da população de Cuiabá era atendida com serviço de coleta de resíduos domiciliares em 2019. A média IDGM na qualidade foi 0,730.  

Saúde 

O atendimento do Sistema Único de Saúde (SUS) na Capital mato-grossense teve o segundo pior resultado, com IDGM de 0,602. Os números, pelo menos, melhoraram com o passar do tempo.

A taxa de mortalidade infantil em 2019 foi de 10,8 casos a cada mil nascidos vivos. Menor que a média dos 100 maiores municípios do país. Cuiabá alcançou nessa área sua melhor colocação, a 37ª.

Entre 2009 e 2019, a taxa de mortalidade caiu 30,8% no município, passando de 146 óbitos infantis registrados em 2009 para 109 dez anos depois. 

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Porém, só 52,6% da população está coberta por equipes de atenção básica em saúde. Um número menor que a média dos 100 maiores municípios do Brasil. E, ainda assim, é o melhor resultado de Cuiabá na história. Em 2008, a taxa era 36,2%. 

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