Em 2020, o governo federal usou o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) de 2019 para definir que nenhum brasileiro empregado formalmente poderia receber menos que R$ 1.045 pelos serviços prestados. Para 2021, isso vai mudar. O valor do novo salário mínimo dependerá do impacto da alta dos preços dos alimentos.
A ideia é garantir o que está definido na Constituição: a preservação do poder de compra dos trabalhadores.
Até agosto, quando o projeto do Orçamento Geral da União de 2021 foi enviado ao Congresso, o salário mínimo para o próximo ano estava estimado em R$ 1.067.
Na época, o Ministério da Economia estimava que o INPC encerrasse o ano em 2,09%. O repique da inflação no segundo semestre, no entanto, mudou o cenário.
O salário mínimo em 2021 só será conhecido nos últimos dias do ano, quando o governo federal editará uma medida provisória (MP) com o novo valor.
E caso o IPCA feche 2020 além das projeções da equipe econômica, o governo deve precisar editar outra MP na metade de janeiro, com a nova correção. A exemplo do que já ocorreu neste ano.
O salário mínimo de janeiro, porém, só chegará à conta do trabalhador a partir de 1º de fevereiro. Caso haja uma correção adicional no decorrer de janeiro, o montante será acrescido ao salário de fevereiro, pago em março.
(Com Agência Brasil)