Em suposta tentativa de acordo de colaboração premiada, o ex-presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), José Geraldo Riva teria revelado uma série de esquemas de pagamento de propina para outros parlamentares.
Os valores foram detalhados em documento encaminhado ao Ministério Público de Mato Grosso (MPE). José Riva negou a autoria da papelada.
Conforme as planilhas, o próprio José Riva teria sido o deputado que mais recebeu valores “extras”, totalizando R$ 20,760 milhões. O montante representa o valor bruto repassado e teria sido recebido entre fevereiro de 2003 e janeiro de 2015.
Em um “ranking” de parlamentares que mais receberam, Riva é seguido por Mauro Savi. O montante total das propinas atribuídas ao ex-deputado somou R$ 12,186 milhões. Em seguida aparece Gilmar Fabris, com o total de R$ 12 milhões.
Segundo o documento de Riva, Fabris tinha direito a um “tratamento diferenciado” e recebia propina em dobro. O valor seria usado para “manter seu pessoal contratado e pago por fora, acrescido de salário e mais verba indenizatória”, diz a delação malsucedida.
Quem também tinha tratamento diferenciado seria a ex-deputada Luciane Bezerra (PSB) – atual prefeita de Juara (690 km de Cuiabá). Como mensalinho ela teria embolsado R$ 3,2 milhões. No entanto, a título de “propina extra”, teria recebido, em junho e julho de 2012, respectivamente, R$ 816 mil e R$ 58.814.
Carlos Avalone (PSBD), que ocupa cadeira na Assembleia Legislativa atualmente, teria sido o que menos embolsou. Ele teria recebido mensalinho por quatro meses e acumulado o valor de R$ 266 mil.
Confira na tabela abaixo quanto ganhou cada um dos 38 citados na suposta delação:
