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Saiba o que fazer ao encontrar um bichinho abandonado nas ruas

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Saiba o que fazer ao encontrar um bichinho abandonado nas ruas

Acervo pessoal

Saula Ouverney

Você já encontrou um bichinho abandonado? Sentiu o coração apertado e não soube o que fazer?

Para aqueles que se sensibilizam com o sofrimento de um animal, não é nada fácil andar pelas ruas da cidade e se deparar com o drama de seres indefesos, que vivem à mercê da própria sorte e carregam o peso de uma sociedade omissa e indiferente.

Infelizmente, é muito comum encontrarmos animais abandonados, uma vez que não há políticas públicas suficientes para amenizar esta triste realidade. Tampouco temos políticas para o controle populacional, esquecendo que esses seres procriam instintivamente, sem nenhuma perspectiva para seus filhotes. São muitos os casos de maus tratos e atropelamentos sem o devido socorro.

Segundo dados da OMS (Organização Mundial de Saúde), estima-se que o Brasil possua mais de 30 milhões de animais abandonados, sendo algo em torno de 20 milhões para população canina e 10 milhões para a população felina.

Mas o que fazer diante de um animalzinho em sofrimento?

Quer ajudar e não sabe como?

Atitude é fundamental! Nem sempre essa necessidade aparece na hora que a gente quer, mas sim no momento necessário. Não deixe um bichinho desamparado. Se ele apareceu no seu caminho, é porque você pode!

Se não tiver muita habilidade, busque ajuda, mobilize, sensibilize! Muitas vezes eles estão famintos e se rendem a um petisco gostoso.  Falo por experiência própria: uma coleira e uma toalha podem ser úteis neste momento de resgate.  

Não há recursos financeiros suficientes para tratamento ou custo veterinário?

Peça ajuda aos amigos e familiares, faça rifas, vaquinhas e sobretudo divulgue nas redes sociais.  É alto o número de simpatizantes e adeptos da causa.  Atualmente, há muitas clínicas e hospitais veterinários que compartilham da mesma ideia e possuem custos diferenciados para este tipo de resgate.

Mora em apartamento e não há espaço em sua casa?

No primeiro momento um banheiro ou área de serviço, oferecendo água, comida e um “paninho” para se deitar podem ser improvisados. Caso realmente seja impossível este recurso, recorra às pessoas próximas, solicite ajuda, um lar temporário para que o animal possa passar um período de tempo até ser tratado e encaminhado para adoção. Existem também pet shops que disponibilizam hotelzinho para animais. Caso possua condições, negocie o valor com antecedência.

Trabalha o dia todo e não há tempo de efetuar os cuidados necessários?

Lembre-se que para um ser que não tinha nada, a segurança de um lar é melhor do que as ruas. É muito gratificante ver um animalzinho se recuperar, ganhar vida, brilho nos olhos e devolver isso em forma de carinho para você.  Dê uma chance a ele!

E caso queira doar depois?

Você pode oferecer para os amigos, pessoas do trabalho e até nas redes sociais. Certifique-se de que será para alguém de confiança e que terá a responsabilidade de tratar bem e com carinho. Conheça o ambiente onde ele ficará.

Muitas vezes, recorremos às Ong´s e questionamos a dificuldade que elas têm de acolher mais um animal. Infelizmente essas entidades sobrevivem de doações e dependem dos próprios voluntários que utilizam recursos próprios para ajudar nas despesas mensais.  Além de um alto custo com rações, medicamentos, veterinários, há um espaço físico o qual precisa ser respeitado e a higiene do local tem que ser constante.

Enfim, em meio a tantos conflitos sociais e econômicos este não deixa de ser mais um problema. É urgente e necessária a implementação de iniciativas que contribuam para a reversão desse quadro generalizado.  Os animais sofrem calados e precisam de nós! Experimente, faça a diferença!

“O mundo está repleto de pessoas boas. Se não puder achar uma, seja uma!”

SAULA OUVERNEY, 36 anos, é administradora de empresas com atuação no mercado financeiro. Sensível à causa animal desde a infância, trabalha há 10 anos recolhendo e dando abrigo a animais abandonados

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