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Ságuas chama Moro de “arbitrário”; Leitão diz que desembargador foi “partidário”

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Ságuas chama Moro de “arbitrário”; Leitão diz que desembargador foi “partidário”
Foto: reprodução

O deputado federal e líder do PSDB na Câmara, Nilson Leitão, disse que a decisão do desembargador federal, plantonista do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), Rogério Favreto, de soltar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), neste domingo (08), é partidária e desequilibra e desmoraliza o sistema Judiciário do País. Já o deputado federal Ságuas Moraes (PT) afirmou que a interferência do juiz federal Sérgio Moro na decisão de soltura tomada por Favreto foi arbitrária.

“Essa tentativa [de liberdade ao Lula] não é boa para a democracia brasileira. É uma Justiça partidarista”, disse o deputado do PSDB, referindo-se ao fato de que o magistrado plantonista ter sido, antes de assumir vaga no Judiciário, filiado ao Partido dos Trabalhadores (PT).

Ságuas, por sua vez, alega que o desembargador plantonista tem total autonomia para tomar decisão. Ele diz que o fato do magistrado ter sido ligado ao Partido dos Trabalhadores não o torna parcial ou partidário.

“A ministra Carmem Lúcia, que foi indicada por Lula, e Edson Fachin, por Dilma, votaram contra Lula. Gilmar Mendes, indicado pelo Fernando Henrique Cardoso (PSDB), votou favorável. É conveniência de quem fala [referindo-se ao deputado Nilson Leitão]. O desembargador está apensas cumprindo com a Justiça”.

Ságuas ainda questiona a interferência do juiz Sérgio Moro. “Não existe essa possibilidade que aconteceu, do Sérgio Moro, que é de instância inferior e de férias em Portugal, acionar outro desembargador do TRF-4 [João Pedro Gebran Neto, relator dos processos da Lava Jato], que está de recesso parlamentar, tentar mudar a decisão do juiz de plantão”.

O petista ainda disse que quem não estiver satisfeito com a decisão de liberdade concedida, neste domingo (08), ao ex-presidente Lula, deve pedir a prisão dele, mas que é preciso cumprir o mandado do desembargador.

Leitão, em entrevista ao LIVRE, foi enfático ao dizer que o PT precisa entender que Lula foi julgado e condenado, por isso deveria parar de querer fazer pressão – e não classificar como prisão política a condenação do ex-presidente.

Já o federal eleito pelo PT ressaltou que Lula só está preso porque o Supremo Tribunal Federal (STF) entendeu que condenado em segunda instância deve aguardar julgamento na cadeia. “Não há provas contra Lula. A prisão dele é só a conclusão do golpe para retirar o PT das eleições. Estão agindo com ilegalidade e perseguindo o Lula desde o início”.

Leitão, no entanto, reforça que o Partido dos Trabalhadores deve entender que Lula é um preso comum e que não adianta argumentar o contrário. “Um jovem que comete crime, por mais que o pai ou mãe chorem, a Justiça não vai ouvir ou enxugar as lágrimas. A Justiça vai cumprir a lei e com Lula não pode ser diferente”.

Nas pesquisas realizadas e que incluem Lula como possível candidato, o ex-presidente aparece em primeiro lugar nas intenções de voto. Mas Leitão diz que Lula não seria eleito, caso fosse candidato. “Se Lula tem 30% das intenções de voto, ele tem mais de 30% de rejeição”, avaliou.

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