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Safra de soja e déficit de armazenamento em MT são temas de evento

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Safra de soja e déficit de armazenamento em MT são temas de evento
Silos Metálicos: Custo por tonelada inferior ao silo de concreto. Maior flexibilidade operacional. Maior facilidade de movimentação da massa de grãos. Maior transmissão de calor, podendo ocorrer condensação dependendo das condições climáticas.

Com objetivo de fomentar negócios em armazenagem em Mato Grosso, entidades do agro, produtores e instituições bancárias estiveram reunidos nessa quinta-feira (23), durante o 1º Armazena MT. Durante o evento foram discutidos os benefícios da armazenagem para uma propriedade rural, linhas de crédito para construção e ampliação de armazéns, além de medidas de segurança para unidades de armazenamento.

Atualmente o Brasil produz 228,5 milhões de toneladas de soja e milho. Mas a capacidade de armazenamento não passa de 165,4 milhões de toneladas, gerando o déficit de 108,8 milhões de toneladas. A situação de Mato Grosso é a mais complicada se comparada com os demais estados brasileiros.

De acordo com dados do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), a produção agrícola de soja e milho da safra 2017/18 no Estado é de 60,76 milhões de toneladas, e a capacidade de armazenagem estática é de 36,39 milhões de toneladas. Ou seja, há espaço para pouco mais da metade da produção mato-grossense.

O presidente da Aprosoja MT, Antônio Galvan, afirmou que estado carece de armazenamento e lembrou que a margem de segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) para Alimentação e Agricultura (FAO), é de 20% em cima de tudo que se produz em grãos. ‘Neste ano, o déficit de armazenagem aumentou para 39,43 milhões de toneladas em Mato Grosso. Hoje precisamos de no mínimo o dobro de armazém para ter garantia de alguma sobra e estoque do que estamos colhendo”, pontuou.

Safra de soja recorde demanda mais armazéns

Segundo a estimativa apresentada pelo superintendente do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), Daniel Latorraca, em dez anos a produção de grãos em Mato Grosso deve passar para 102,9 milhões de toneladas. “Se a capacidade de armazenamento não aumentar, o déficit passará par a 87 milhões e isso tornaria inviável a nossa super produção”, avalia.

Daniel ainda fez um alerta para os benefícios de um armazém. Segundo ele, o produtor que tiver o seu armazém fará mais economia, ganhará mais velocidade na operação, terá mais produtividade, padronização no produto entregue e, por fim, terá mais qualidade na classificação dos grãos. Além disso, conforme estudos apresentados, é possível que o produtor ganhe por saca até R$ 3,18, quando se tem um armazém.

“A velocidade da produção não foi acompanhada pela capacidade de armazenamento e infraestrutura nas estradas. É preciso reverter esse cenário”, disse.

Linhas de crédito e juros baixos

O produtor que se interessar em construir um armazém terá a possibilidade de utilizar a linha de crédito disponibilizada pelo Banco Nacional do Desenvolvimento (BNDES). O Programa para Construção e Ampliação de Armazéns (PCA), por exemplo, financia produtores e cooperativas rurais para construção, ampliação, modernização ou reforma de armazéns. Com juros de 5,25% ao ano, o programa é destinado para a construção de armazéns com capacidade de até 6 mil toneladas.

No site da Aprosoja-MT, o produtor rural também tem acesso a um sistema que calcula o custo x benefício de se ter um armazém na propriedade. Clique aqui e veja mais.

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