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Rogers diz que nunca tratou sobre grampos com Pedro Taques

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Rogers diz que nunca tratou sobre grampos com Pedro Taques

Laíse Lucatelli/O Livre

Delegado Rogers Jarbas depõe em Vara Militar

Rogers Jarbas presta depoimento: ele disse a investigação que partiu de Flávio Stringueta foi “ilegal”

Em depoimento nesta sexta-feira (09), na 11ª Vara Criminal Especializada de Justiça Militar, o delegado e ex-secretário de Segurança Pública, Rogers Jarbas, disse que nunca tratou desse assunto com o governador. “Ele só falava comigo sobre segurança pública. Queria saber os índices da segurança”, afirmou.

Rogers começou a ser interrogado pela defesa do cabo Gerson Corrêa, que confessou a existência do esquema de grampos ilegais, colocado em operação pela alta cúpula da Polícia Militar.

Rogers disse que ficou sabendo dos fatos pelo programa Fantástico. Rogers disse que mandou abrir um procedimento depois que a reportagem foi ao ar, e que tudo que soube sobre o caso foi via imprensa.

“Secretaria de Segurança não investiga e estava havendo investigação lá. Por isso devolvi tudo para os órgãos”, disse, referindo-se à Operação Fortis, que grampeou pessoas a mando do alto escalão do governo para investigar uma suposta tentativa de atentado contra o governador Pedro Taques.

Rogers contou que resolveu conversar com a delegada Alana Cardoso, designada para o caso, para que ela lhe explicasse o que aconteceu.

“Ela disse que aconteceu, mas não tinha sido bem assim. Ela começou a me explicar e ficou nervosa, disse que ia acontecer com ela o que aconteceu com os militares. Então ela pediu para ser ouvida. Eu disse que não podia, porque tinha uma reunião. Então ela foi redigir a oitiva no computador e Gustavo Garcia despachou no depoimento. Eu acreditei que ela estava falando a verdade, por isso aceitei”, disse Rogers.

Esse depoimento, de Alana a Rogers, foi posteriormente questionado pelo Tribunal de Justiça e Rogers se tornou investigado. “Depois ela disse que que eu perguntei um monte de coisa do Mauro Zaque. É mentira. Eu nunca tentei investigar nada”, afirmou o delegado.

Rogers disse que Alana lhe afirmou que não fez nada a pedido do Paulo Taques [ex-secretário da Casa Civil e também investigado], pois nunca teve acesso a ele.

Ele disse que a investigação foi conduzida e para esconder a informação, e que o desemabargador Orlando Perri afastou a Polícia do caso e deixou tudo na mão do delegado especial Juliano. Disse que o delegado Flávio Stringueta deu continuidade à “ilegalidade” das delegadas Alana Cardoso e Alessandra Saturnino.

“A Operação Querubim foi uma farsa. No início, a doutora Alana sabia que não havia ameaça contra o governador. Então, porque o doutor Flavio abriu essa operação? Para investigar o governo”, afirmou.

O delegado também afirmou que não conhecia o cabo Gerson e nunca o viu no Paláciom Paiguás. “Eu vivia na Casa Militar. Nunca vi o Gerson lá”, disse.

À defesa do coronel Zaqueu, quando questionado, Rogers disse que não é possível um documento ou dossiê chegar à mesa do secretário de Segurança diante do aparato de segurança que existe no prédio. “Pura mentira.”

Ele disse que a secretaria adjunta de Inteligência sabe de todas as investigações. “O cérebro da Sesp é a Secretaria de Inteligência. Eles sabem de tudo”.
“Não entra envelope lacrado sem nome na mesa do secretário de Segurança. Alguém vai abrir”, afirmou.

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