A possibilidade de racha no PSD levou a direção da sigla a marcar uma reunião do diretório na noite desta quarta-feira (21) para discutir se mantém o apoio ao governador Pedro Taques (PSDB) em sua provável campanha à reeleição. Segundo o presidente estadual do partido e vice-governador Carlos Fávaro, a intenção é medir qual das opções tem mais apoio – romper ou apoiar o tucano – para sinalizar aos filiados o rumo que o PSD seguirá nas eleições deste ano. Fávaro já anunciou que não pretende seguir como vice, e se lançou como pré-candidato ao Senado.

Desse modo, os que ficarem contrariados com o rumo da sigla poderão se desfiliar até o dia 7 de abril, quando se encerra a janela de infidelidade partidária e o prazo de filiação para quem será candidato nas eleições deste ano. Apesar de a sigla ser uma das mais presentes no governo, tendo inclusive o vice-governador, há um grupo, liderado pelo presidente da Associação Mato-grossense dos Municípios (AMM), Neurilan Fraga, que quer romper com Taques.

“Todos sabem que existem duas alas no PSD: uma que quer seguir com o governador e outra que quer construir um projeto próprio ou com novos aliados”, observou Fávaro para a imprensa nesta quarta-feira (21), antes da inauguração da nova ala do Pronto-Socorro de Várzea Grande. “Como não tem mais cacique nem manda-chuva no PSD, vamos ouvir as bases. A definição não precisa sair hoje, pois temos tempo até às convenções, que se encerram em 5 de agosto. Mas precisamos saber quantos membros defendem cada posição para que, depois do dia 7, os insatisfeitos não pensem que o partido não foi leal com eles. Assim cada um pode seguir sua posição pessoal”, completou.

Debandada dos descontentes

O deputado estadual Gilmar Fabris, que é líder da bancada do PSD na Assembleia Legislativa, admitiu que pode mudar de sigla se for voto vencido. Ele defende a manutenção da aliança com o governador. “Até o momento, o partido está firme e forte com Pedro. E quem estiver descontente, caça outro rumo”, disse ele à imprensa na noite de terça-feira (20).

“Eu, por exemplo, se não for acompanhar meu partido, eu saio até o dia 7. Se eu estiver descontente, vou procurar o rumo”, prometeu. O parlamentar criticou a pressão feita pela ala do PSD que busca o rompimento. “Nós vamos tomar uma decisão agora, a cinco meses da convenção, apenas porque fulano ou beltrano quer?”, reclamou.

Ao defender o apoio a Taques em sua provável campanha pela reeleição, Fabris argumentou que o governo não é apenas do governador, mas de um grupo. “Quando um partido pretende sair fora do governo, a primeira atitude tem que ser entregar todos os cargos, inclusive o de vice”, declarou. “Se Fávaro não tem mais interesse, tem que entregar o cargo”, concluiu.

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