O governador Mauro Mendes (DEM) vai a Brasília na próxima terça-feira (27) para um encontro com o presidente Jair Bolsonaro. O principal assunto será o destrave de serviços de logísticas em Mato Grosso, vinculados ao governo federal. E não estão descartadas conversas sobre a eleição de 2022.
Devem ser apresentadas propostas para a pavimentação e manutenção de asfalto na rodovia federal BR-174, que interliga a região Noroeste de Mato Grosso a Rondônia, Roraima, Amazonas e até a Venezuela.
A devolução da rodovia para a autoridade do Estado é uma alternativa.
“Existe um pleito forte no Estado que está pedindo a BR-174, que é federal. O governo do Estado, avalizado pela Assembleia, avalizado pela bancada federal, está pedindo que devolva essa rodovia para Mato Grosso, que vamos fazer o asfaltamento”, afirmou Mauro Mendes.
Segundo o governador, somente até à entrada de Colniza (1.065 km de Cuiabá) existem cerca de 300 quilômetros de rodovia sem asfalto. Em fevereiro deste ano, a Fundação Nacional do Índio (Funai) divulgou andamento das licenças ambientais para obra no trecho de Castanheira a Colniza.
Em visita a Mato Grosso há pouco mais de uma semana, o ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes, disse ser viável a devolução da rodovia para a autoridade do Estado.
Recentemente, o governo lançou a obra da ferrovia Vicente Vuolo entre Rondonópolis e Cuiabá. O projeto também estava sob análise do governo federal há mais de 10 anos.
Eleições 2022
O governador Mauro Mendes contestou também críticas de Bolsonaro a gestores que assinaram cartas, no começo deste ano, em defesa do meio ambiente e contra agentes políticos, ligados à base de apoio ao presidente, que teriam divulgado fake news.
A avaliação de deputados federais de apoio a Bolsonaro é que essas manifestações vão entrar na análise do Planalto para decidir o apoio nas eleições gerais de 2022. Mauro Mendes disse não acreditar nesse critério.
“Muitas pessoas ouvem dizer as coisas e tomam aquilo como verdade. A carta amplamente defende o meio ambiente, que defende a sustentabilidade, não tem uma crítica a partido A, B ou C, a presidente ou governadores. Eu não posso tomar isso [corte de gestores signatários em apoio para 2022] como verdade. Eu não ouvi ele dizer isso”, afirmou.
O encontro agendado para terça-feira será o primeiro entre Mauro Mendes e o presidente Bolsonaro após a divulgação das cartas.