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Repasse não cobre prejuízo e filantrópicos podem não retomar atendimento

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Repasse não cobre prejuízo e filantrópicos podem não retomar atendimento

Ednilson Aguiar/O Livre

Hospital Santa Casa De Misericórdia De Cuiabá

Hospital Santa Casa De Misericórdia De Cuiabá

Apesar do repasse de R$ 2,5 milhões anunciado pelo governo do Estado, os hospitais filantrópicos não devem retomar a parcela dos atendimento que estão paralisados desde a última quarta-feira (4). A previsão é o médico Marcelo Sandrin, diretor do Hospital Santa Helena, um dos afetados.

Na avaliação do médico, o Estado deveria decretar situação de emergência, tendo em vista a falta de recursos. “Como que continuam asfaltando estradas, sabendo que falta dinheiro para a saúde?”, reclama.

De acordo com ele, o dinheiro anunciado pelo governo – que ainda precisa ser dividido entre as unidades de saúde em questão – cobre apenas 70% do total do prejuízo acumulado pelos hospitais ao longo de três meses sem repasses do Estado.

“Esse dinheiro não dá para fazer quase nada. O Santa Helena, por exemplo, vai receber R$ 460 mil desses R$ 2,5 milhões. Isso não cobre nem a inadimplência que estamos com os fornecedores de comida. Como vamos comprar remédio e pagar os profissionais?”, questiona.

Sandrin afirma que o principal pagamento esperado pelos hospitais é o referente aos leitos das Unidades de Terapia Intensiva (UTIs). Sustenta ainda que alguns programas, como o Rede Cegonha, que auxilia o funcionamento das maternidades, também estão com repasses atrasados.

A avaliação do médico é que, se não houver um cronograma de pagamentos nos próximos dias, as unidades não terão condições de manter as portas abertas por mais que uma semana. “Parece que o problema é mesmo falta de dinheiro, mas nós também não sabemos mais o que fazer. Não recebemos um tostão há três meses”.

Além do Santa Helena, a Santa Casa de Cuiabá e o Hospital Geral interromperam parte dos atendimentos por conta da falta de dinheiro. Nos três as UTIs não recebem mais pacientes. Foram fechados ainda leitos de retaguarda e de maternidade. Cirurgias cardíacas deixaram de ser realizadas.

O governo do Estado afirma que o repasse feito por ele é voluntário, ou seja, não tem caráter obrigatório para manter as unidades funcionando.

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