Política

Renovação e desilusão: o que os jovens de Cuiabá esperam após a eleição?

Educação e a expectativa de agentes políticos novos e independentes são fatores cobrados por novatos na vida pública

2 minutos de leitura
Renovação e desilusão: o que os jovens de Cuiabá esperam após a eleição?
Foto: (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

A situação dos jovens em Cuiabá nesta eleição vai da expectativa de mudança em serviços públicos essenciais, como saúde e educação, à sensação de falta de representatividade, afinidade com os candidatos. 

A estudante Lieda Meireles, 18 anos, diz que prestou atenção nas propostas para educação. Matriculada em escola particular, avalia que a diferença de aprendizagem entre alunos das redes pública e privada é grande e percebe o desnível entre seus amigos. 

“Há muitas escolas públicas em Cuiabá, mas a distância entre a qualidade da escola privada e da escola pública é muito grande. Eu vejo isso entre meus amigos mesmos. Eu espero que o meu voto contribua para uma mudança na rede pública”, conta. 

Deise Maria, 21 anos, que está no fim de uma graduação em Estética também numa instituição privada diz que sua experiência com a rede pública não é das melhores. Ela fez todo o ensino médio na rede estadual e teve que recorrer à rede privada para conseguir a graduação no ensino superior, por causa da concorrência forte nas universidades. 

“A educação é algo está muito ruim em Cuiabá. Quem estuda o ensino médio nas escolas públicas não consegue entrar na universidade, se não passar por cursinho de vestibular, ou seja, a gente não é preparado para entrar na universidade”, afirmou. 

Crise e renovação 

Pablo Miguel Pereira, 20 anos, também concluiu o ensino médio na rede pública, mas, hoje, só trabalha. Ele anulou seu voto “porque não senti que ninguém fala das coisas que me interessam”. 

“Eu não acho que, atualmente, tem um candidato que realmente vai mudar a nossa cidade”, declarou. 

Justificativa semelhante foi dada por Carlos Augusto, 24 anos. Ele mostra ter uma visão menos desiludida da política no município, mas aponta a falta de renovação no quadro de candidatos e não vê autonomia na Câmara dos Vereadores, problemas que causam a rejeição em sua avaliação. 

“Espero que tenha renovação na Câmara e que o parlamento municipal seja uma casa independente e não submissa à prefeitura. Há vários anos, vemos as mesmas figuras se reelegendo e oferecendo muito pouco para a sociedade”, pontua. 

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