Há uma janela que não é aquela quebrada e nem aquela em que se espera: é a janela da alma.
Para falar dessa janela te convido a imaginar a seguinte situação: sabe quando você chega ao trabalho e percebe que um dos seus colegas está claramente desanimado? O que ele fez que te deu essa impressão? Será o tom de voz, o andar, o falar?
Não duvido que possam ser todas as alternativas anteriores, só que há uma outra que para mim faz mais sentido. Uma pessoa desanimada, muitas vezes, consegue esconder do corpo esse desânimo, mas não do seu olhar.
Sim, os olhos! O que dizem deles mesmo? Exato: que os olhos são as janelas da alma.
Inclusive, a própria palavra “desanimado” deriva da palavra em latim “anima”, que significa alma. É como se a pessoa estivesse com “menos alma” ou “menos vida”.
Os olhos nos dizem muito mais. É sabido que quando as pessoas mentem, elas tendem a desviar o olhar. Quando elas estão com vergonha, tampam o rosto e os olhos. Inclusive, pessoas tímidas não gostam de ser olhadas nos olhos. É como se sentissem expostas de alguma forma. E de fato estão, porque olhar no fundo dos olhos de alguém é olhar para a sua alma.
Quantos casais, com o passar do tempo, dispensam as palavras para se comunicar? Em apenas um olhar tudo se resolve.
Uma rápida digressão: quando jovem, aos 15 anos, realizei meu primeiro worskshop de guitarra graças ao meu então professor Manoel Izidoro, a quem eu sou muito grato. Eu fazia muita questão de tocar uma música dificílima do Steve Vai, “Windows to the Soul” – Janelas para a Alma. Na época, eu nem tinha me dado conta de que essas janelas eram os olhos – como em muitas outras músicas e poemas que isso é retratado.
Enfim, entre janelas, olhos e almas, há muito mais o que refletir, mas, por hoje, vou parando por aqui.
