Ficou para a reforma tributária. Em reunião realizada em Brasília nesta terça-feira (11), governadores dos 27 Estados e do Distrito Federal e o ministro da Fazenda, Paulo Guedes, entraram em um consenso: não é hora de discutir alterações na forma de cobrança do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS).
O debate – cercado por troca de “indiretas” entre o governador de Mato Grosso, Mauro Mendes (DEM), e o presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido) – vinha sendo alimentado pela alta dos preços, principalmente, dos combustíveis.
Mauro Mendes esteve na reunião – o VIII Fórum Nacional dos Governadores – e repetiu lá um discurso que o secretário de Fazenda, Rogério Gallo, já vinha adotando por aqui: zerar o ICMS dos combustíveis, como chegou a sugerir o presidente, é algo impensável para Mato Grosso.
Segundo dados da Secretaria de Estado de Fazenda, só esse imposto sobre a venda dos combustíveis representa de 20% a 30% de tudo o que o governo arrecada em território mato-grossense.
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“Em nossa conversa com o ministro Paulo Guedes, ficou claro que, na reforma tributária, teremos espaço para o diálogo e, portanto, será o momento de construir a melhor solução para o Brasil, sem radicalizações”, disse o governador.
O projeto da reforma tributária elaborado pelo governo federal já foi apresentado ao Congresso Nacional, onde outras duas propostas – uma de autoria da Câmara dos Deputados e outra do Senado – já tramitavam. A tendência é que um texto único seja construído com base nesses três.
(Com Assessoria)