Com uma terrível doença renal e 53 anos (aproximadamente) de uma vida sofrida, Ramba vai, enfim, descansar em paz.
A elefanta, trazida do Parque Safári do Chile, em Rancágua (100 km de Santiago), chegou no Santuário de Elefantes Brasil (SEB), em Chapada dos Guimarães (MT), em outubro.
Nessa quinta-feira (26), pouco mais de dois meses depois, morreu. O anúncio foi feito pelo Santuário na tarde desta sexta-feira (27).
Com marcas pelo corpo, que não escondem seu passado, Ramba estava cansada. Ela foi encontrada deitada em um dos recintos do Santuário, sozinha e em paz.
“Sua morte deve ter sido repentina pois a grama ao seu redor estava intocada. Apenas um lindo elefante, deitado em um belo pasto, os olhos suavemente fechados e o rosto doce, tão calmo como costumava ser”, diz o relato do Santuário.
Rana, a terceira elefanta a chegar em Mato Grosso, foi a primeira a perceber a morte da amiga. Segundo os cuidadores, ela cheirou o corpo de Ramba, olhou de diversos ângulos e murmurou baixinho. Depois, Maia, a primeira moradora do espaço, foi se despedir da amiga.
Ramba foi a quarta elefanta a viver no Santuário, trazida em uma megaoperação. Todos os esforços foram feitos para que a elefanta tivesse um lar onde pudesse estar com outras “amigas” e ser livre.
Depois de três dias e mais de 50 horas de viagem, o presidente do Santuário, Scott Blaiss afirmou ao LIVRE que a viagem de Ramba tinha sido a mais complexa de toda a sua vida. Ele já resgatou mais de 40 elefantes.
Ramba também foi a segunda elefanta a morrer neste ano. Em junho os cuidadores deram adeus à Guida, que, junto de Maia, foi a primeira moradora do Santuário.