Os R$ 47 a mais no salário mínimo dos brasileiros – que passou de R$ 998 para R$ 1.039 neste ano – vai representar R$ 29 milhões a menos nos cofres das prefeituras de Mato Grosso.
O número foi divulgado pela Associação Mato-grossense dos Municípios (AMM).
Segundo a instituição, as 141 prefeituras possuem, juntas, cerca de 41,6 mil servidores públicos recebendo remunerações vinculadas ao valor do salário mínimo.
Destes, 1.711 recebem só metade do salário mínimo; 6.267 recebem até um salário mínimo e 33.671 ganham até um e meio.
“Entendemos que o trabalhador é merecedor do reajuste, mas acompanhamos de perto o sufoco dos municípios para atender a exigência legal. Normalmente, as prefeituras não dispõem de recursos para fazer a correção”, destaca o presidente da AMM, Neurilan Fraga.
Em 2019, o impacto foi ainda maior: R$ 38,7 milhões aos cofres municipais.
Os valores foram calculados incluindo os encargos, como Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) e as contribuições para o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) e Previdência, por exemplo.
Conforme a AMM, dos entes federados, os municípios têm a maior parte dos empregados do país. São mais de 3 milhões com remuneração vinculada ao salário mínimo. E esse cenário se acentua nas cidades de menor porte.