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Treze anos do referendo das armas, o prelúdio de 2018

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Treze anos do referendo das armas, o prelúdio de 2018

Neste mesmo dia de 23 de outubro, há treze anos, ocorria o referendo das armas, onde os brasileiros foram chamados às urnas para decidir se queriam a proibição da venda legal de armas ou não. Queriam ver a política de desarmamento enfiada goela abaixo do povo brasileiro pelo chamado Estatuto do Desarmamento, aprovado em pleno vigor do Mensalão. Queriam dar ao Estado o monopólio da força. O resultado final, no entanto, acachapante e indiscutível, foi de 63,94% (59.109.265 de votos) dos eleitores dizendo não ao desarmamento.

Mais de uma década de verdadeira demonização contra as armas de fogo, toda a grande mídia ainda está a favor do desarmamento, a Câmara, o Senado, artistas “globais”, ONGs milionárias, o presidente e seus antecessores, a ONU e sei lá mais quem! Todos e tudo contra nós. O establishment exigia a população desarmada, inerte, indefesa. Exigia a capitulação e a imediata deposição das armas, como fazem os vencedores aos vencidos nas guerras.

Fracassaram, e o fracasso não cai bem para alguns derrotados. Assim sendo, todos aqueles que advogaram pelo desarmamento optaram por teses esdrúxulas, como a de que a população votou errado, não sabia o que exatamente estava votando ou ainda simplesmente ignoraram a derrota, apagando de suas mentes algo que não sabiam, não podiam ou não queriam explicar. Preferiram enfiar a cabeça em seu buraco ideológico e refugiaram-se em suas bolhas vivenciais.

Hoje, passados treze anos, o fantasma da derrota amarga volta a assombrar esse pessoal. Bolsonaro lidera todas as pesquisas de segundo tudo com larga margem e, salvo uma catástrofe, deve vencer facilmente seu oponente. A mesma turma que “não entendeu” o que ocorreu em 2005 se mostra incapaz de reconhecer que é exatamente o que ocorre agora. Se lá tínhamos, pela primeira vez em uma eleição no Brasil, uma tese majoritariamente de direita, a garantia da posse de armas pelo cidadão de bem, contra a tese do desarmamento, que era esmagadoramente de esquerda, hoje temos praticamente todas as teses de esquerda e de direita colocadas na bandeja. Armas, aborto, drogas, criminalidade, economia, família, religião, moral e outras. Bolsonaro e Haddad, cada qual no seu espectro político ideológico, colocaram finalmente à prova o que pensa a maioria da população brasileira.

Finalmente, após treze anos, esquerda e direita voltam a se enfrentar, sem meios-tons, sem meias-palavras, sem discurso politicamente correto, sem o falso debate onde tínhamos apenas mais do mesmo – os cinquenta tons de vermelho –, onde tínhamos, ao final das contas, apenas candidatos alinhados ao suplantado marxismo, verdade escancarada pelo próprio Lula que em 2009 afirmou: “É fantástico não ter candidato de direita nas eleições”.

Goste você ou não, 2018 é o primeiro ano onde a alternância de poder – máxima da democracia – pode ocorrer e não deveria haver nenhuma surpresa nisso. Bastava dar uma olhadinha em 2005 para saber que isso ocorreria um dia. Mas viver na bolha, na negação, na falsa ideia que a população brasileira é alinhada aos dogmas da esquerda, era muito mais tranquilizador para aqueles que agora saem gritando desesperados como se houvesse realmente algo totalmente inesperado acontecendo. Está tudo lá, tudo igual, só não ocorreu antes por pura falta de opção. O ano de 2005 foi o prelúdio de 2018.

 

Bene Barbosa é especialista em segurança, escritor, presidente do Movimento Viva Brasil, palestrante e autor do best-seller Mentiram Para Mim Sobre o Desarmamento.

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