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Quem já tem anticorpos? Pesquisa de prevalência da covid-19 segue até dia 30

Iniciativa do Ministério da Saúde colhe amostras em várias cidades do país para averiguar comportamento da doença

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Quem já tem anticorpos? Pesquisa de prevalência da covid-19 segue até dia 30
(Foto: Ednilson Aguiar / O Livre)

As coletas de amostras para pesquisa de prevalência da covid-19 (Prev-cov),realizada pelo Ministério da Saúde segue com a coleta de amostras até o dia 30 deste mês. O objetivo do trabalho é identificar a presença de anticorpos do tipo IgG nas pessoas, apontando quem já foi contaminado ou desenvolveu imunidade após a vacinação. Em Mato Grosso, 3 cidades estão no mapa de avaliações, Cuiabá, Várzea Grande e Santo Antônio de Leverger (a 32 km da Capital).

O responsável técnico pelo projeto em Mato Grosso, Bruno Marques, informa que em Santo Antônio a coleta já foi finalizada. Foram recolhidas cerca de 50 amostras. Em Várzea Grande os coletadores ainda trabalham. A estimativa é que o trabalho finalize esta semana com 500 pessoas cadastradas.

O ritmo das equipes se mantém na Capital. A expectativa é entrevistar em torno de 1.500 cuiabanos até o final deste mês. Bruno indica que a meta da pesquisa é contabilizar 4 mil mato-grossenses cadastrados. Mas há expectativas que esse número seja ultrapassado.

Os coletores

Ademilson Nogueira integra uma das 20 equipes de coleta (Foto: Ednilson Aguiar / O Livre)

Entretanto para contabilizar um número maior de público, é necessário que a população contribua com a pesquisa, reforça Ademilson Nogueira, enfermeiro, que integra uma das equipes coletadoras.

O pesquisador conta que muitas vezes não conseguem ser recebidos nas casas em que vão. Os imóveis foram escolhidos aleatoriamente, mas podem ser substituídos caso haja recusa em participar. “Dentre 10, conseguimos chegar em 4. As pessoas se mostram muito receosas, mas é importante participar”, ressalta.

Ademilson explica que em torno de 20 equipes estão espalhadas em regiões da cidade para fazer a coleta do sangue a ser examinado. Os coletadores são identificados com camiseta e boné da Prev-cov.

Caso haja alguma dúvida, o cidadão pode entrar em contato com o Ministério da Saúde através do número 136.

Envio para análise

As coletas feitas são enviadas para o Rio de Janeiro onde serão analisadas. O laudo é disponibilizado ao entrevistado pelo Ministério da Saúde, no prazo de 30 dias.

bruno Marques explica que o laboratório em Cuiabá recebe as amostras e envia para o Rio de Janeiro (Foto: Ednilson Aguiar / O Livre)

No documento constará a indicação ou não de imunidade contra a covid-19.

Os participantes da Prev-cov esclarecem que essa iniciativa é importante para observar o comportamento da doença e quais a próximas medidas que deverão ser tomadas.

“As pessoas precisam participar, será bom para elas e para o Estado”, argumenta Bruno. “É um passo importante para o controle e prevenção dessa doença e também de outras que possam surgir, para nos prepararmos para os próximos cenários”, complementa Ademilson.

Tirar a dúvida

Núbia Morian Gualberto, de 45 anos, adoeceu de covid-19 no final de setembro de 2020. O quadro foi bem forte, com febre e mal-estar. Agora, 1 ano depois, já fechou o ciclo da vacinação contra a doença.

“É importante para saber se já consegui adquirir os anticorpos ou não, tanto pela doença ou pela vacina”, comenta.

Amostra de sangue é coletada dos entrevistados para passar por análise (Foto: Ednilson Aguiar / O Livre)

Elisabete Lisboa, de 45 anos, não sabia da pesquisa do Ministério da Saúde e assim que tomou conhecimento decidiu participar.

“É muito válida essa iniciativa porque nem todos têm condições de pagar na rede particular para tirar essa prova. Eu mesma não teria, na minha casa seria quase 1 mil reais apenas com esse exame”, diz a mulher que também teve covid-19 em fevereiro deste ano e já se vacinou com duas doses da Pfizer.

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