O vídeo de um projeto para construção de uma passarela no Portão do Inferno – famoso ponto turístico de Chapada dos Guimarães (60 km de Cuiabá) – causou frisson na manhã desta quinta-feira (17).
De acordo com os envolvidos na proposta da obra, no entanto, não há motivo para “esperança”. O projeto, por enquanto, não passa disso: um projeto. E não há previsão alguma sobre quando – e se – ele vai sair do papel um dia.
Secretário adjunto de Turismo de Mato Grosso, Jefferson Moreno explicou a confusão. Disse que o vídeo “vazou” sem o conhecimento do governo do Estado. Destacou ainda que não existe um estudo aprofundado ou sequer estimativa de valores da suposta obra.
Projeto “verdadeiro”
A ideia da passarela começou a ser cogitada em 2017. Na época, o presidente da Associação Mato-grossense dos Municípios, Neurilan Fraga (PSD), e o deputado estadual Wilson Santos (PSDB) teriam se unido para projetar algo.
A engenheira Roberta Campos, então, foi acionada para elaborar como poderia ser essa passarela. O resultado foi um projeto – em papel e computação gráfica – de como poderia ser a estrutura.
“Eu havia apresentado o projeto para o governo, já estávamos com o dinheiro, apenas aguardando uma confirmação para a obra”, contou Neurilan.
Segundo Roberta Campos, o custo estimado era de R$ 1,5 milhão. A resposta do governo, no entanto, nunca chegou.
De lá pra cá, ainda conforme a engenheira, seu projeto original até sofreu alterações. Ao LIVRE, ela enviou o vídeo do que de fato, foi projetado por ela.
Jefferson Moreno confirmou que mudanças foram feitas, mas ressaltou que, até agora, a ideia não foi para frente. “Não passa de um estudo”.