A quantidade de motoristas de aplicativo dobrou em menos de 6 meses em Cuiabá e Várzea Grande. Conforme o vice-presidente da Associação de Motoristas por Aplicativo do Estado de Mato Grosso, Kleber Campos, existem cerca de 8 mil pessoas exercendo a atividade atualmente.
Desse total, metade vive exclusivamente deste serviço e os demais fazem como complementação de renda, explica o vice-presidente.
Um inchaço que já causa impacto no bolso e obriga muitos a procurarem novas formas de conseguir se manter.
Segundo Campos, basta fazer as contas. Para a pessoa trabalhar, precisa investir cerca de R$ 30 mil em um carro. Isso sem considerar seguro, manutenção e combustível.
E para recuperar o dinheiro e ainda conseguir manter a família, precisa ficar mais de 8 horas ao volante de segunda a segunda, sem descanso.
No caso de quem opta por alugar o carro, a situação é ainda mais grave. Além do combustível, o condutor precisa tirar entre R$ 400 e R$ 500 apenas para pagar o veículo.
O vice-presidente diz que caso a pessoa trabalhe direto, com carro locado, não consegue fazer R$ 1,5 mil por mês.
“O número de motoristas aumentou, mas o de clientes não. Todo os dias, mais de 30 novos motoristas chegam aos escritórios das empresas de aplicativo”.
Redução dos impostos
O deputado estadual Ulysses Moraes (DC) chegou a apresentar na Assembleia Legislativa de Mato Grosso um projeto que determina a isenção de impostos como IPVA e ICMS para motoristas de aplicativo, porém não conseguiu aprovação na plenária e o texto acabou arquivado.
Segundo o vice-presidente, eles estão acompanhando o caso e existe um compromisso do governador, Mauro Mendes (DEM), com a categoria.
O chefe do Executivo teria garantido que no próximo ano faria um estudo para ver o impacto deste benefício nas contas do Estado e, depois, tentaria oferecer algo aos motoristas.