Quando se imagina alguém sábio, podemos pensar em várias características: prudência, riqueza de conhecimento, sabedoria, etc. Além disso, reconhecer em alguém essa qualidade é simultâneo a uma admiração. Imagino ser difícil de outra forma.

Na sua origem, sabedoria vem do latim “sapere”, que significa “saborear”. Pode parecer pitoresco, mas, na visão latina, alguém sábio era alguém que sabia saborear a vida em todas as suas nuances.

Não foi por acaso que essa virtude foi buscada por grandes homens. Foi o caso de Salomão, que assim escreve em seu Livro da Sabedoria: “Preferi a Sabedoria aos cetros e tronos e, em comparação com ela, julguei sem valor a riqueza”.

Mas de onde ela vem? Como ela chega? Como ela se parece na prática?

Não tenho respostas para nenhuma dessas indagações, que, inclusive, também são minhas.

O que eu posso imaginar é que, como tudo de bom nessa vida vem com esforço, não é do dia para noite que alguém se torna sábio. Não é assim com nenhuma virtude e não seria diferente com a sabedoria.

Além do esforço, imagino que o tempo tenha o seu papel nesse sentido. Há uma frase de um livro de Gabriel Garcia Marques que diz: “Mas se alguma coisa haviam aprendido juntos era que a sabedoria nos chega quando já não serve para nada”.

Nesse caso, ele está se referindo à história conjugal de seus pais. Inclusive, acredito também na sabedoria do casal, que só acontece com o passar tempo e com o amadurecimento.

Será que é assim mesmo? A sabedoria só chega quando não serve mais para nada?

O que eu sei é que não consigo imaginar um jovem sábio. Há muitos adjetivos para se falar dos jovens, mas “sábio” não é um deles.

Quando a sabedoria chega? Eu não sei. Só espero que chegue logo.

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