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Propagação de notícias falsas pode gerar pânico, diz delegado

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Propagação de notícias falsas pode gerar pânico, diz delegado

Em menos de três dias, a polícia de Sinop (500 km de Cuiabá) registrou uma tentativa de sequestro de uma criança de dois anos dentro de casa, a suspeita de uma abordagem a uma criança de nove anos em frente a uma escola e uma abordagem a uma adolescente de 15 anos. A propagação de notícias foi tamanha que os moradores se mobilizaram e poucos conseguiram lidar com tanta informação desencontrada.

Diversas mensagens em redes sociais e até fotos de homens que poderiam ser suspeitos foram espalhadas na rede. Para evitar o pânico, policiais civis e militares convocaram uma coletiva de imprensa na sexta-feira (06) para esclarecer o que era fato e boato.

De acordo com o tenente-coronel Mariowilian, da Polícia Militar, as fotos de suspeitos que apareciam em diversas postagens não eram verdadeiras.

“Na verdade, o que podemos identificar é que um destes suspeitos foi preso no Paraná. É extremamente perigoso nós sairmos divulgando imagens sem ter nenhuma informação, o que pode até mesmo colocar um inocente em situação de risco”, explicou o coronel, lembrando que a polícia não tinha oficialmente nenhum suspeito relacionado aos casos.

O delegado da Polícia Civil Carlos Eduardo Muniz ainda alertou para o fato de que, quem propaga informações falsas ou sem nenhum tipo de averiguação, pode ser responsabilizado.

“Nós temos que entender que é extremamente necessária a ajuda da população para a resolução de casos como esses. É a população que conhece seu vizinho, que vê comportamentos inadequados, então essas informações são preciosas. Agora, no momento em que se começa a propagar informações falsas, prejudica o nosso trabalho”, explica.

Segundo o delegado, a população deve procurar os órgãos oficiais de segurança para relatar problemas, antes de alarmar as redes sociais.

“O registro de ocorrência e as informações oficiais vão impactar diretamente na resolução dos casos. Hoje estamos em uma cidade de quase 170 mil habitantes e não temos o aparato policial na mesma proporção, imagina então termos que desviarmos investigação para algo e descobrir que é mentira? Isso pode gerar um problema ainda maior”, alerta.

 

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