Amado por uns, odiados por outro, o pequi pode se tornar Patrimônio Cultural Imaterial do Brasil. A proposta foi apresentada pelo senador Eduardo Gomes (MDB-TO) e é avaliada pelos demais congressistas.
O pequi é típico da culinária, da cultura, das formas de expressão e do modo de viver de Estados do cerrado brasileiro, mas também é querido por brasileiros de outras localidades.
“Se antes o fruto tinha baixo valor de mercado, dada a abundância das safras somada à pouca divulgação e do consumo majoritariamente in natura, hoje, sua crescente popularidade tem levado as atividades de extrativismos e beneficiamento”, afirma o deputado.
O fruto também é conhecido como: piqui, pequiá, piquiá, piquiá-bravo, amêndoa-de-espinho, grão-de-cavalo, pequiá-pedra, pequerim e suari. Seu significado na língua indígena é “casca espinhosa”.
Do caroço desta fruta é extraído o óleo e a partir dele é produzido o biodiesel e 50% deste corresponde ao óleo vegetal, que tem uma composição química adequada para a produção de biodiesel.
No ano passado, Mato Grosso colheu cerca de 200 toneladas de pequi. O principal produtor é o município de Ribeirão Cascalheira. A comercialização do pequi pode gerar uma renda de R$ 200 mil para o município em apenas três meses.
No Estado, foram encontradas quatro variedades, na região da Baixada Cuiabana o pequi de tamanho pequeno e o mais consumido na culinária; de tamanho médio, em Barra do Garças; o grande, em São Félix do Araguaia e o pequi sem espinho é encontrado no Xingu, na reserva indígena.