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Projeto inspirado em histórias do povo terena contempla aldeias e quilombo

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Projeto inspirado em histórias do povo terena contempla aldeias e quilombo

Artes cênicas e cultura indígena se entrelaçam no projeto Exetina Kopenoty – Histórias Indígenas. A contadora de histórias Alicce Oliveira circula por cidades mato-grossenses, especialmente aquelas com limitado acesso à cultura, como aldeias e quilombos, para levar até a população destas regiões, o encantamento das narrativas do povo terena.

O projeto aprovado pelo edital Circula MT, da Secretaria de Estado de Cultura já passou por terras indígenas Terena em Matupá e Peixoto de Azevedo e nesta quarta-feira, chega ao Quilombo Mata Cavalo e à Câmara Municipal de Nossa Senhora do Livramento.

De acordo com a assessoria, amanhã (19) segue para o município de Santo Antônio do Leverger, também às 10h e às 14h, na Escola Estadual Tereza Conceição Arruda. Encerrando a semana, dia 21 de abril, na Sala de Memória em Chapada dos Guimarães, sempre às 10h e às 14h. A classificação para as atividades é livre.

O projeto Exetina Kopenoty – Histórias Indígenas consistem numa apresentação teatral, cujo foco são as histórias narradas pelo povo Terena e uma palestra show, em que a atriz Alicce Oliveira se dedica a apresentar de forma lúdica ao público, instrumentos e técnicas utilizadas para contar histórias.

As atividades são gratuitas e a orientação é que o público chegue pelo menos com meia hora de antecedência.

Para a atriz Alicce Oliveira, não é possível dizer com palavras a emoção que teve em estar nas duas aldeias do povo Terena – Kuxoneti Poke´e (Matupá) e Kopenoty (Peixoto do Azevedo). Na primeira apresentação, estiveram presentes famílias dos povos Kayapó e Terena. O fato de ter um público diverso, falante de outros idiomas para a atriz foi um desafio. “Nossa comunicação se estabeleceu pelo sorriso”, relata.

Na aldeia Kopenoty, ao final das apresentações, as mulheres realizaram a dança Terena como forma de agradecimento e satisfação, por ver suas histórias contadas para a nova geração, a partir de instrumentos e ferramentas apresentadas pela contadora de histórias.

O Projeto começou a ser construído no fim de 2016 e de lá para cá, tem agregado experimentos, conhecimentos e pesquisa. Iniciar a circulação junto aos Terena, era necessário, explica a Coordenadora artística do espetáculo, Naine Terena. “Ninguém melhor do que o próprio povo para averiguar suas histórias e a forma como ela é contada”.

“Na construção que já tem um ano, Alicce Oliveira esteve em contato com professores, artistas e agora, com comunidades Terena, e isso é fundamental. Não se pode falar de algo sem ao menos ter um mínimo de vivência, para se ter percepções. As leituras e pesquisas não bastam para a constituição das cenas”, explica a pesquisadora.

No escopo da montagem, a personagem que está sendo construída aos poucos não incorpora uma pessoa indígena, mas se inspira em elementos da rica cultura, para trazer ao público, narrativas míticas, sempre acompanhada de algumas reflexões sobre o mundo em que vivemos, como é o caso das histórias que envolvem os animais, a criação do mundo, e o conhecimento tradicional indígena.

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