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Projeto de intervenção urbana movimenta o Araés neste sábado

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Projeto de intervenção urbana movimenta o Araés neste sábado
Imagem da performance Corpo e Política, uma realização do Coletivo à Deriiva

Mirar a lupa na amplitude de um local e perceber seus pormenores e então, chamar a atenção para eles, sugerir, talvez provocar mudanças. Esses são alguns dos objetivos que motivam as ações do Coletivo à Deriva.

Desde 2009 – quando surgiu a partir de pesquisas da professora doutora Maria Thereza Azevedo – vem agregando entusiastas que colaboram com a realização de uma série de intervenções artísticas na cidade. Espaços ociosos e até abandonados ganham novas nuances e a paisagem urbana se transforma.

Vai ser assim neste sábado também, quando uma nova edição será desenvolvida no bairro Araés, a partir das 8h, com concentração em frente ao Espaço Boca de Arte, na rua Alírio Hugney de Matos. Plantio de mudas, grafite em muros, oficinas artísticas, performances de artes cênicas, projeção de filmes, cortejo musical e shows são algumas das ações que preenchem a programação do evento Cidade Possível Araés.

“Tudo começou com a pesquisa sobre a cidade, sobre intervenção urbana. Percebi que havia vários locais que precisavam ser vistos e haviam muitas pessoas que queriam somar forças para que isso acontecesse”. A propósito, quando a Mandioca nem tinha toda essa movimentação que vemos hoje, em 2011, o coletivo realizou uma intervenção chamando a atenção para a necessidade da ocupação inteligente do Centro Histórico.

Marithê, como é carinhosamente chamada por seus alunos, propõe anualmente a intervenção aos inscritos na disciplina Estéticas Emergenciais da Cidade, do Programa de Pós-Graduação da UFMT, Estudos em Cultura Contemporânea. “A gente mergulha nesse universo das micropolíticas, da estética relacional e trabalha uma série de conceitos em sala de aula. Depois, o grupo escolhe qual lugar ocuparemos. Desta vez, escolheram o bairro Araés”.

Há umas semanas os alunos e voluntários que se unem a eles, têm visitado o bairro e elaborado uma programação pautada pelos anseios dos próprios moradores. “A gente sabe que muitos deles dependem da vontade política, mas ao dar visibilidade a estes desejos, podemos motivar alguma transformação. Os estimulamos a pensar qual é a Cidade Possível”, explica.

Nesta oportunidade, a exemplo, narrativas serão transpostas em arte de lambe-lambe a fim de serem divulgadas. A ocupação sócio-estética está pautada por vídeos, áudios e textos coletados junto à comunidade. “Essa sociabilidade favorece encontros que resultam em mundos possíveis. Muita gente se conhece ali e chega a idealizar novos projetos, como grupos de pesquisa e até peças de teatro que já circularam pelo Palco Giratório, do Sesc”, conta.

Esse novo encontro, segundo Marithê, resultará também na formulação de uma carta para Cuiabá em seus 300 anos, a ser construída de forma colaborativa. O ponto de partida já se anuncia: “Qual Cuiabá é possível?”.

 

 

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