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Projeto de futebol em escola estadual recebe ingressos para jogo do Cuiabá

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Projeto de futebol em escola estadual recebe ingressos para jogo do Cuiabá

Foi com animação que Natanael Alves Pereira Santos, de 16 anos, comentou sobre os ingressos que recebeu para assistir a partida da final da Série C, do Campeonato Brasileiro, que será disputado na Arena Pantanal, neste sábado (22). Ele é aluno da Escola Estadual Professora Zélia Costa de Almeida, no bairro Jardim Presidente II, e foi um dos atletas do projeto de futebol da instituição contemplados com as entradas.

O menino, que estuda o segundo ano do Ensino Médio, já esteve na Arena Pantanal para assistir jogo do São Paulo contra o Santos, pelo Campeonato Brasileiro, em 2014. Depois, não mais assistiu a uma partida por lá. Foi pensando nos colegas que ele se animou ao receber um par de ingressos de presente.

[featured_paragraph]“Foi uma ideia bastante interessante, porque muitas pessoas não conhecem a Arena Pantanal, e com esse ingresso que o Cuiabá deu eles terão essa oportunidade”, comentou o estudante, que já convidou o primo para lhe acompanhar na partida.[/featured_paragraph]

André Matos do Nascimento, de 16 anos, também estuda o segundo ano e participa do projeto de futsal desenvolvido na escola. Assim como Natanael, ele também já esteve no estádio para um grande campeonato: assistiu a um jogo do Corinthians, seu time do coração. Ele também recebeu um par de ingressos e já convidou o pai para a partida. “Ele é fanático por futebol”, explicou.

(Foto:Ednilson Aguiar/ O Livre) – Os alunos André do Nascimento e Natanael Santos, ambos de 16 anos

De acordo com o professor de História Yuri Chaya, que coordenada o projeto de futebol junto com o professor de Matemática Akira Wang e a professora de Educação Física, Luciana Padilha, os ingressos para que os atletas pudessem acompanhar a partida, disputada entre o Cuiabá Esporte Clube e Operário (PR), foram distribuídos pela Secretaria de Educação, Esporte e Lazer (Seduc). Em razão da atividade esportiva, a unidade de ensino recebeu 100 bilhetes. Os ingressos foram entregues prioritariamente para os participantes do projeto e para os melhores alunos de cada sala.

O projeto

Segundo o professor Yuri Chaya, o representante do grêmio estudantil procurou a coordenação para pedir a implantação de um projeto de futsal na escola e, depois de um estudo entre os responsáveis, a ideia saiu do papel. Agora, já funciona há pouco mais de quatro meses.

Acolhendo tanto meninos quanto meninas, foi necessário fazer uma seletiva com os estudantes, já que mais de 60 estudantes teriam demonstrado interesse. O processo de seleção teve três etapas e avaliou, principalmente, a habilidade dos atletas, já que um dos objetivos do projeto é melhorá-los para que, um dia, alcancem o sonho de se tornar jogadores profissionais.

(Foto:Ednilson Aguiar/ O Livre) – Os professores Akira Wang e Yuri Chaya

No meio do percurso, porém, os professores perceberam que poderiam agregar um diferencial no projeto. Foi quando a necessidade de ter melhores desempenhos escolares surgiu. Segundo o professor de história, os alunos levam os boletins bimestrais aos treinadores, para que eles avaliem o desempenho escolar. No entanto, ser o melhor não é o critério. É necessário apenas melhorar as notas.

[featured_paragraph]“Se ele tem, por exemplo, cinco notas abaixo da média, no boletim seguinte tem que ter melhorado duas delas”, explicou. [/featured_paragraph]

Mesmo sendo um dos alunos que têm boas notas, André revelou que também precisa se esforçar para continuar no time. Segundo ele, já teve alguns colegas que foram retirados da equipe por não terem melhorado os desempenhos na sala de aula. Com isso, todos passaram a levar o esporte ainda mais a sério.

“Você percebe que não é uma brincadeira e os professores, Yuri e Akira, levam muito a sério isso. Eles pegam o nosso boletim, conversam com a gente, sobre as faltas também eles pegam muito no pé, além das notas. E quando os meninos foram expulsos do time a gente sentiu um pouco de receio, de que pudesse acontecer com a gente. Claro que é chato, porque você perde amigos, mas traz a responsabilidade pra você continuar no projeto”, comentou o estudante.

Atualmente, a equipe masculina, que tem cerca de 18 alunos inscritos, treina toda quinta-feira, no período noturno. Já a equipe feminina costuma treinar de quarta à sexta, após as aulas da manhã. Antes, o treino era diário, mas devido a problemas internos precisou ter os dias reduzidos.

(Foto:Ednilson Aguiar/ O Livre) – Halwinne estuda o segundo ano e passou a integrar o projeto de futsal em julho

Uma das estudantes Halwinne Loranny Mendes Casari, de 16 anos, contou que a equipe feminina teve uma baixa, porque muitas alunas deixaram o projeto recentemente. Atualmente, treinam na escola cerca de seis alunas. Apesar disso, as meninas se entusiasmam e incentivam umas às outras, que chegam a buscar outros projetos, como o Siminina, para continuarem treinando.

Halwinne, que também ganhou ingressos para o jogo do Cuiabá, vai levar o pai, e acha importante que a população participe dos jogos locais para incentivar os atletas. “É bom a gente representar aqui. Eu nunca tive a oportunidade de assistir um jogo na Arena Pantanal e prestigiar dessa forma. A gente está bem animado”, finalizou.

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