Fim da cobrança do Fethab do milho, pavimentação das estradas estaduais, plano de ação governamental para o restabelecimento das finanças estaduais e a redução da máquina pública são algumas das pautas que trouxeram mais de 1,5 mil produtores rurais de todas as regiões do Estado para Cuiabá, nesta quarta-feira (15).

O Movimento Mato Grosso Forte, liderado pela Associação dos Produtores de Soja e Milho (Aprosoja), começou pela manhã nas dependências do Cenarium Rural e, no início da tarde, ganhou as ruas do Centro Político Administrativo, cujo roteiro inclui a Assembleia Legislativa. O ponto final é o Palácio Paiaguás, onde um grupo deverá ser recebido pelo governador Mauro Mendes (DEM). Na ocasião, um documento contento as reivindicações do setor produtivo será entregue.

Uma cópia do mesmo documento será entregue à presidente em exercício da ALMT, Janaina Riva (MDB).

Segundo um informativo da Aprosoja, “a ação nasceu das bases, pequenos e médios produtores, que se sentem lesados por não verem a correta destinação dos recursos oriundos do Fethab 1 e 2 da soja e que estão completamente insatisfeitos com a nova taxação, o Fethab do milho”.

O produtor Leonildo Barei, de Sinop, também não concorda com o novo Fethab. Ele diz que a maior dificuldade enfrentada pelos agricultores é a falta de logística, o que “já deveria ter sido solucionado com o surgimento do primeiro modelo do Fethab”, afirma.

[featured_paragraph]“O estado não sobreviverá com a má administração e o exorbitante número de funcionários públicos. Então podemos pagar quinze Fundos que ainda não vamos conseguir as melhorias necessárias em nossa logística. Mato Grosso está sem fundos, porque gasta mais do que arrecada e os governantes não sabem como resolver esses problemas”, desabafa. [/featured_paragraph]

Já o presidente do Sindicato Rural de Sinop, Ilson Redivo, observa que o Brasil tem uma das maiores cargas tributárias do mundo, entretanto, o problema é que o governo gasta mal esse dinheiro arrecadado. Para ele, a má administração do governo é algo que precisa ser alterado.

“O produtor brasileiro é muito eficiente da porteira para dentro, quando ele sai para fora ele perde tudo. Nós pagamos a maior carga tributária e não temos estradas”, adverte.

Para ele as alterações realizadas com o novo Fethab prejudica os produtores e o recursos oriundos do Fundo estão sendo mal administrados, “assim como todos os recursos de impostos, no país”.

[featured_paragraph]“Nós pagamos tributos há 20 anos e não estão sendo utilizados de forma correta. Nossa logística é complicada e esses impostos deveriam auxiliar para a melhoria do transporte”, avalia. [/featured_paragraph]

Movimento Mato Grosso Forte

Com o Apoio da Aprosoja Brasil e mais 13 entidades ligadas ao setor produtivo, o movimento nasceu, segundo a Aprosoja MT, com o objetivo de alertar a população sobre os impactos que a taxação do setor produtivo causa a sociedade e cobrar do poder público mais eficiência e transparência na aplicação dos recursos públicos.

Dentre a proposta de conscientização, foram publicados nas redes sociais da entidade comparativos dos valores destinados para a educação, saúde, ALMT e Tribunal da Justiça, com dizeres; “Será que 24 deputados valem mais que todos nossos estudantes?” e “O dinheiro está indo para o lugar certo?”. Com objetivo de mostrar a diferença na destinação do recurso estadual.

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