Judiciário

Produtor rural é condenado a 16 anos de prisão por morte de agrônoma

Jackson Furlan estava embriagado e sem motivo aparente disparou contra a caminhonete onde Júlia Barbosa de Souza e o namorado estavam. A jovem morreu após ser atingida na cabeça

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Produtor rural é condenado a 16 anos de prisão por morte de agrônoma
Jackson Furlan foi julgado, nessa quinta-feira (18), pela morte de Júlia Barbosa de Souza, ocorrida em 2019. (Foto: O LIVRE)

O produtor rural Jackson Furlan, de 32 anos, foi condenado a 16 anos de reclusão pela morte da agrônoma Júlia Barbosa de Souza, de 28 anos, em Sorriso (394 km de Cuiabá). O acusado foi denunciado por homicídio qualificado pelo motivo fútil. Com relação a tentativa de homicídio contra Vitor Giglio, o réu foi absolvido.

A sentença foi anunciada na noite dessa quinta-feira (18). A juíza Emanuelle Chiaradia Navarro Mano avaliou que a pena aplicada foi necessária e suficiente, uma vez que o réu era primário e não tinha outros elementos nos autos sobre a conduta social ou personalidade.

A magistrada pontuou que não verificou atenuantes, apesar da confissão de Jackson de ter efetuado o tiro.

“Mas merecem anotações algumas circunstâncias ainda não consideradas: andar armado mesmo sem registro da arma e/ou porte de arma; estar armado e mesmo assim ingerir grande quantidade de bebida alcoólica; ter praticado o crime mesmo com as oportunidades que teve para deixar de perseguir o veículo da vítima; ter praticado o crime em via pública, com perseguição, inclusive com risco a terceiros; ter levado seu veículo para ser abandonado em local de difícil acesso, ser a vítima mulher de apenas 28 anos, que estava na cidade para tentar se instalar com o namorado, inclusive profissionalmente”, detalhou em sentença.

O regime para o cumprimento da pena é inicialmente fechado e o recurso não poderá ser em liberdade. Jackson está preso desde a época do crime.

O crime

O crime aconteceu em novembro de 2019. De acordo com a Promotoria, Vitor e Júlia voltavam da casa de amigos quando passaram em um posto de combustíveis. Ao saírem do local, a caminhonete onde estavam, seguiu atrás de um outro carro, um gol que estava com uma velocidade bem abaixo do previsto na via.

Jackson, que vinha atrás de Vitor, teria se irritado e começou ali uma perseguição por algumas ruas da cidade. O produtor rural, que estava armado, ao emparelhar com a outra caminhonete, atirou contra os ocupantes.

O disparo acertou Júlia na cabeça. A jovem chegou a ser socorrida, mas não resistiu ao ferimento.

Segundo a perícia, o tiro foi realizado em direção ao motorista do veículo, mas acabou sofrendo um desvio por conta de umas caixas que estavam no carro.

Absolvição

Com relação a tentativa de homicídio contra Vitor, o júri não reconheceu a materialidade, e assim, ficaram prejudicados os demais quesitos. Por isso, Jackson foi absolvido dessa acusação.

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