O empresário Nelson José Vigolo assinou acordo de delação premiada com a Procuradoria Geral da República (PGR). Ele é investigado na quinta fase da Operação Faroeste, que apura a compra de sentenças no Tribunal de Justiça da Bahia.
A informação do acordo foi publicada na segunda-feira (31) pelo jornal O Globo.
Vigolo é presidente do Grupo Bom Jesus, de Rondonópolis (210 km de Cuiabá), e entrou na investigação por suspeita de pagar R$ 250 mil a uma juíza da Bahia em processo de R$ 1 milhão.
O empresário também tem ligação com políticos de Mato Grosso. Foi o maior doador para a campanha de Pedro Taques ao governo em 2014, junto com Eraí Maggi, o “rei da soja”.
A Operação Faroeste foi deflagrada em maio deste ano pela Polícia Federal. Os investigadores cumpriram mandado de busca e apreensão na casa Vigolo, em Rondonópolis.
O Superior Tribunal de Justiça (STJ) tornou réus quatro desembargadores e três juízes em decorrência da investigação. Conforme o Ministério Público Federal, os magistrados envolvidos na organização criminosa iam legitimar irregularmente 800 hectares de terra na região Oeste da Bahia.
O acordo assinado por Nelson José Vigolo contribuiria, dentre outras coisas, com informações sobre o esquema. Conforme O Globo, o ministro Og Fernandes, relator do caso, ainda não homologou o acordo de colaboração.